Delegacia de Dourados (MS) indica que versão da Funai sobre assassinato de produtor por indígenas é equivocada

Segundo o delegado Marcelo Damaceno, produtor rural foi surpreendido por um grupo de cerca de 30 indígenas armadosO policial aposentado e produtor rural Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, assassinado na última sexta, dia 12, em um conflito com indígenas, em Douradina (MS), já havia recorrido à Polícia Militar e Civil inúmeras vezes para registrar saques feitos pelos indígenas localizados no assentamento ao lado de sua propriedade. Ele era dono de uma pequena fazenda nas imediações do distrito de Lagoa Rica. Segundo a versão apresentada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), Ferreira teria invadido a terr

O delegado Marcelo Batistela Damaceno, de Dourados, no entanto, informa que o proprietário da fazenda estava consertando a cerca da área, incessantemente rompida pelos indígenas para que o gado escapasse, quando foi surpreendido por cerca de 30 índios armados. Ferreria estava com seu filho de 13 anos e teria ficado refém por duas horas, sofrendo golpes de facão e flechadas.

O diretor-financeiro da Famasul e presidente da Aprosoja-MS, Almir Dalpasquale, de Campo Grande, afirma que o proprietário instalou uma cerca elétrica em sua propriedade para evitar que os animais fossem saqueados e pessoas entrassem no território. Segundo ele, cerca de 30 índios teriam se locomovido até as proximidades da casa do produtor para “tirar satisfações” sobre a cerca.

– A forma como a Funai coloca a história é mentirosa – pontua Dalpasquale.

Na versão da Famasul, Ferreria teria disparado cinco tiros ao alto. Ao terminar a municação, os índios teriam o amarraram em uma árvore. Conforme o diretor da Famasul, a Funai vai semanalmente a Mato Grosso do Sul reconhecer e demarcar propriedades de ruralistas legítimos, às vezes titulados há mais de cem anos.

– O ministro da Justiça precisa olhar para cá e dar um basta nisso.

O Sindicato Rural de Dourados também comunicou que o produtor vivia pressionado pelos índios. Até o momento, foi detido apenas o suspeito João da Silva, apontado pelo grupo como o único que agrediu o produtor. De acordo com o delegado, o depoimento não condiz com o estado em que se encontrava o corpo da vítima.

– O corpo tinha lesões de objetos pontiagudos, um espancamento que uma só pessoa não teria condições de fazer.

O caso ainda está sendo investigado.

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