O calor, inclusive, está provocando mudanças na curva diária de consumo, criando dois “horários de pico”: o momento logo após ao almoço, com alto consumo industrial e de aparelhos de ar condicionado, e o tradicional horário de pico, no início da noite, quando aumenta o consumo residencial. Chipp diz que o consumo se manterá em alta enquanto durar o calor, mas afastou riscos de racionamento, uma vez que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios (em valores aproximados, 77% no Sudeste/Centro Oeste, 71% no Nordeste, 90% no Norte e 97% no Sul).
? É a melhor situação dos últimos 10 anos ? afirmou o executivo, citando estudo do governo que indica que há sobra de energia até 2014.
O operador, no entanto, vem despachando um grande volume de energia térmica, para compensar a redução na capacidade do sistema de transmissão de Itaipu, que passa por reparos após o apagão de novembro do ano passado. Nesta terça, dia 2, as usinas térmicas geraram 2.472 MW. Nesse ritmo, a geração térmica custa ao consumidor cerca de R$ 5 milhões por semana.
As usinas devem funcionar até abril, quando o sistema de transmissão de Itaipu estará pronto para operar a plena carga.
? Esse é um custo que vale a pena pagar, porque o custo de um blecaute não dá para precificar ? defendeu Chipp.