Para atender a demanda, serão necessárias 246 novas usinas, que representam um investimento de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões. Das novas usinas, 46% já estão em processo de construção. As projeções estão contidas no Plano Decenal de Expansão de Energia 2008-2017 (PDE), divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quarta, dia 24.
De acordo com as projeções, a frota de veículos leves passará de 23,2 milhões de veículos em 2008 para 37,5 milhões em 2017. No mesmo período, a parcela do flex aumentará de 29,6% para 73,6% neste período. O álcool continuará sendo o combustível preferencial do usuário da categoria de veículos flex-fuel, representando 75,5% do mercado, considerando que o teor de álcool anidro na gasolina C continue de acordo com a legislação vigente.
Com isso, a demanda de álcool carburante evoluirá à taxa anual de 11,3% no período 2008-2017, saltando de 20,3 bilhões de litros para 53,2 bilhões de litros em dez anos.
Exportações dobram
Espera-se que o volume negociado com outros mercados duplique nos próximos dez anos, passando de 4,2 bilhões para 8,3 bilhões de litros em 2017. Os Estados Unidos, atualmente o principal comprador, perderão espaço para o Japão, cuja demanda pelo etanol brasileiro representará 36,2% (três bilhões de litros) das exportações.
O Brasil se manterá como líder nas transações internacionais, vinculado a um crescimento da sua infra-estrutura. No entanto, o crescimento da produção mundial de etanol continuará baseado no atendimento aos mercados próprios de cada país.