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Indústrias consumidoras do cereal, que antes estavam retraídas, no aguardo de quedas nos preços por conta do expressivo excedente do produto, voltaram a ficar mais ativas no mercado. Isso ocorreu porque grande parte desses demandantes está em regiões onde há déficit de milho, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e muitos precisavam renovar seus estoques. Além disso, com o forte impulso nas exportações brasileiras nos últimos meses, os estoques de passagem tendem a diminuir, mas ainda devem ser recordes.
Cotações
Quanto aos preços internos, na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, entre 31 de outubro e 29 de novembro, os preços subiram significativos 5,7% no mercado de balcão (ao produtor) e 7,8% no de lotes (negociação entre empresas).
O Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu 6,78% fechando a R$ 26,45 a saca de 60 quilos no dia 29. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 26,13/sc de 60 kg, alta expressiva de 7% em novembro.
A produção norte-americana recorde e as quedas nos preços do cereal naquele país, no entanto, fizeram com que agentes nacionais começassem a temer um enfraquecimento dos embarques brasileiros. Ainda há incertezas quanto à utilização de milho na produção de etanol em 2014 nos Estados Unidos, e, caso haja redução no uso do cereal, os EUA podem elevar o excedente exportável, ampliando a participação no mercado internacional.
Os EUA ainda são os maiores produtores, consumidores e exportadores de milho no mundo, mas o pouco excedente interno fez com que os embarques daquele país caíssem expressivamente nos últimos anos.