A demanda internacional por milho brasileiro está sustentando os preços no mercado interno, graças à desvalorização do real, que torna a commodity mais barata aos compradores estrangeiros. A análise é do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações de milho no terceiro trimestre subiram 22,4%, em relação ao mesmo período do ano passado, para 7,02 milhões de toneladas.
Na semana, o preço do milho em Mato Grosso recuou 0,49%, registrando média semanal de R$ 18,05 a saca. No Brasil, a cotação baixou 2,16%, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Estoques
O relatório do Imea aponta ainda que os estoques finais no mundo estão crescendo vertiginosamente nos últimos anos, puxados pela política da China de reter suas provisões.
A expectativa é de que esta política seja mantida pelas autoridades chinesas em 2015/2016, o que pode levar o volume estocado no país a totalizar 90,61 milhões de toneladas, o que satisfaria o consumo por cerca de 151 dias.
No resto do mundo, a expectativa é redução dos estoques finais de milho, situação que pressiona para cima as cotações na bolsa de Chicago.
– No entanto, cabe ressaltar que os volumes dos estoques finais para a temporada 2015/2016 ainda são bastante elevados, e a estabilidade ou redução dos preços internacionais do cereal poderá ser a direção que o mercado seguirá no longo prazo – diz o Imea.