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Demanda por açúcar favorece ano de novos recordes de preços

Produção e exportação brasileiras ganharam destaque no mercado mundialEm 2010, o mercado de açúcar foi marcado por fortes altas de preços, tanto no mercado doméstico como no internacional. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), uma das principais causas das reações expressivas foi a redução dos estoques mundiais, que têm baixado desde 2008, quando houve déficit expressivo. No ano seguinte, um novo déficit agravou a situação dos estoques e os preços internacionais começaram a reagir com altas acentuadas que atraíram espec

Em resposta aos preços favoráveis, grandes produtores aumentaram a área plantada, de forma que a expectativa era de que, em 2010, o mercado voltasse a ter algum equilíbrio entre oferta e demanda, em termos agregados. No entanto, quebra de safra em produtores importantes por fatores climáticos, e a oscilação do dólar contribuíram para a volta da instabilidade.

A produção e as exportações brasileiras evidenciaram o papel de destaque do Brasil no mercado mundial de açúcar. A safra brasileira de cana, apesar de superior à passada, ficou abaixo da expectativa inicial do setor, acentuando os aumentos de preços internacionais praticamente a cada divulgação de safra feita pela Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). A escassez da commodity, os baixos estoques e a dificuldade em prever quando o mercado poderá voltar à normalidade fizeram com que o ano de 2010 ficasse marcado por novas e fortes altas de preços, batendo recordes nos mercados internos e externos.

No Brasil, conforme dados do Cepea, o ano começou com preços bem elevados, acima dos R$ 70,00/saca de 50 kg, próximos aos praticados em dezembro. Com a desvalorização das bolsas internacionais e início da colheita 2010/11 na região Centro-Sul, usinas não conseguiram manter tais patamares e voltaram a vender açúcar cristal de boa qualidade na casa dos R$ 40,00.

Batendo recordes de trinta anos, a Bolsa de Nova York (ICE Futures), principal referência internacional para o mercado de açúcar, chegou a US$ 0,339 por libra-peso, no dia 23 de dezembro. No início do ano, a cotação até chegou ao redor de US$ 0,29, mas foi somente no final de 2010 que ela rompeu a barreira dos US$ 0,30 e seguiu avançando até o patamar atual.

Bem diferente das previsões iniciais sobre a safra da região Centro-Sul brasileira, que chegavam próximo a 590 milhões de toneladas de cana moída. De acordo com a Unica, a safra 2010/11 não deve chegar a 560 milhões. De 1º de abril a 1º de dezembro, a moagem somava 543,68 milhões de toneladas de cana, um aumento de 8,86% sobre 2009/10, resultando em produção de 33,02 milhões de toneladas de açúcar, com elevação de 24,61%.

Segundo dados da Secex, as exportações de açúcar bruto (VHP) totalizaram 17,7 milhões de toneladas de abril a dezembro de 2010, 37% a mais que no mesmo período de 2009 (12,9 milhões). Ao longo do último ano, a remuneração proporcionada pelo açúcar esteve sempre acima da obtida com o etanol, segundo cálculos do Cepea. No dia 30 de dezembro, o Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ fechou a R$ 76,32/saca de 50 kg, ligeira alta de 1,01% no acumulado do mês.

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