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Demanda por milho recuou até 30% de 2013 para 2014 em Mato Grosso

Estoques elevado em período de entressafra podem reduzir preços ao produtorEm termos de oferta, a safra 2013/2014 de milho em Mato Grosso foi bastante enxuta em comparação com a safra anterior. A produção total gerou 17,7 milhões de toneladas, somadas a 176 mil toneladas de estoques iniciais. Já para a demanda, a expectativa é de um recuo de 30% no consumo total comparado ao da safra 2012/2013. Segundo o boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a retração nas exportações do cereal é responsável pelo maior impacto nos números, devido,

O milho deve um dos “grandes vilões desta temporada e também da próxima”, coforme análise do Instituto. O volume disponível durante a entressafra pode fazer com que os preços, que geralmente se elevam no período, permaneçam mais baixos que em anos anteriores.

Mercado interno

Os leilões de Pepro, que aconteceram em agosto e setembro auxiliaram a venda do milho de Mato Grosso, acelerando o ritmo de comercialização em 19,67%, comparado a agosto. Agora, 70,92% da produção total de milho na safra 2013/2014 foi comprometida.

O preço médio ponderado neste mês de negociações teve uma leve valorização, e girou em torno de R$ 13,90/sc. Mas, segundo o Imea, a preocupação surge, porque mesmo com a ajuda dos leilões, ainda há um alto volume de milho para ser comercializado, e com recursos escassos para novos leilões, a tendência é que haja um aumento dos estoques finais.

Soja

Para a soja de Mato Grosso, restam 574 mil toneladas do grão para negociação, 2,2% do total produzido pelo Estado na temporada 2013/2014. O foco agora é a comercialização das 27,7 milhões de toneladas que se estimam produzir na safra 2014/2015, na área que começou a ser semeada há quatro semanas.

Da nova safra, apenas 16% foram comprometidos até o final de setembro, mês em que os preços para entrega do grão em março tiveram média de R$ 39,16/sc. O Imea aponta que as vendas seguem tímidas, justamente devido ao preço baixo, que está 14% menor do que o necessário para cobrir os custos totais da lavoura e “bem distante da pedida dos produtores”, justificando o atraso de 25,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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Como o cenário para a próxima safra não deve ter melhora num futuro próximo, a indicação aos produtores é terem o dobro de atenção às oportunidades de negócio interessantes. O Estado não terá estoques prejudiciais aos preços do grão e a oferta deve aumentar na comparação com a safra anterior. A nova estimativa é de 26,5 milhões de toneladas.

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