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Demanda sustentará alta no preço das commodities, diz representante da Abag

Para Luiz Carlos Côrrea, desaceleração do crescimento da China não tratá grandes impactos no cenário mundialO presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirmou, nesta terça, dia 22, que o ciclo de alta nas commodities seguirá constante, sustentado pela demanda pelos produtos agrícolas. Carvalho avaliou o cenário internacional durante o seminário "Perspectivas para o Agribusiness 2012 e 2013", realizado em São Paulo.

– Se o século 20 foi o da oferta, com queda de preços das commodities de 2,2% ao ano, no século 21 houve um deslocamento do negócio para a demanda, com o ciclo de alta nos preços. Mas o cenário macroeconômico proporciona grande volatilidade – informou Carvalho.

Segundo ele, a desaceleração no crescimento econômico da China deve ser considerada, mas não deve trazer impactos grandes para a demanda das commodities, diante a restrição na oferta e do tamanho do mercado consumidor daquele país.

– A previsão é de que a China cresça 8% ao ano, o que é fantástico; se o Brasil crescesse nesse patamar teríamos graves problemas de logística e infraestrutura – avaliou o presidente da Abag.

Já o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, afirmou que a volatilidade em commodities ocorre por causa da saída de especuladores no mercado futuro, caso da soja, em busca de investimentos mais conservadores, como o dólar.

– Há duas semanas a soja estava em 15 cents (por bushel), hoje está em 14 cents; é bom lembrar que 30% das posições na Bolsa (de Chicago) estão nas mãos de especuladores. Mas a curva de alta é constante – concluiu.

Agência Estado
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