Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Demarcação de terras indígenas preocupa produtores de Mato Grosso do Sul

Definição sobre a reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, deixou setor em alertaDepois da definição sobre o futuro da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, Mato Grosso do Sul deve ser o novo foco das atenções sobre a demarcação de terras indígenas. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), com ganho de causa aos índios, deixou a classe produtora do Estado em alerta. A expectativa é de que a polêmica em relação à criação de novas aldeias fique ainda maior.

Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do país. São aproximadamente 65mil índios, que vivem em 72 aldeias espalhadas pelo Estado. Para as lideranças indígenas, este espaço é insuficiente para garantir a sobrevivência das tribos. Esta situação motiva a disputa por novas terras e levou a Fundação Nacional do Índio (Funai) a publicar no ano passado várias portarias determinando o início de estudos para identificar áreas para demarcação. Estas análises devem ser feitas em 26 municípios da região sul do Estado, justamente onde está concentrada a maior parte da produção agrícola.

A polêmica em torno da identificação de novas áreas indígenas em Mato Grosso do Sul se arrasta há quase nove meses. A classe produtora acredita que com o encerramento das discussões sobre a demarcação em Roraima, Mato Grosso do Sul se torne o principal alvo para a criação de novas aldeias.

Prevendo que os debates sobre tema devam ficar mais intensos daqui pra frente, a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul) criou um grupo para analisar detalhadamente a decisão do STF. O objetivo é avaliar as 19 condições impostas para a demarcação em Roraima, que devem servir de base para as futuras demarcações em Mato Grosso do Sul.

O presidente da Famasul, Ademar Silva Júnior, diz que a Funai está emitindo uma série e portarias para os estudos antropológicos que não estão de acordo com o que foi combinado entre a entidade e o governo do Estado. Uma delas, publicada este mês, indica o início dos estudos antropológicos, mas ainda não informa quais áreas devem ser.

 ? O clima de incerteza permanece no campo, e a dúvida do produtor é saber quais áreas a Funai acha que devem ser novas aldeias. E mais ainda, quais áreas a Funai não diz que foi habitada por indígenas, já que todo o país era habitado pelos índios no passado ? diz o presidente do Sindicato Rural de Iguatemi (MS), Márcio Margatto.

Diante do impasse e da previsão de muitas discussões nos próximos meses, o presidente da Famasul faz um alerta: teme que a disputa por terras possa trazer violência para o campo.

 ? Quando se fala em retirar uma família do campo, uma família que cresceu e sempre viveu no campo e, de repente, é retirada, pode sem dúvida haver violência e disputas mais acirradas ? finaliza Ademar Silva Júnior.

Sair da versão mobile