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Gleisi Hoffmann garantiu que, para criar o novo modelo de demarcações, vai ouvir representantes dos setores interessados na solução do impasse. A ministra chegou no início da tarde à CNBB e se reuniu durante 1h30min com o representante da entidade religiosa. O Ministerio da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e a Embrapa também devem ser escutadas.
– A Funai é fundamental, mas queremos ouvir outros órgãos – explicou Gleisi.
Segundo a ministra, a desocupação de fazendas invadidas está sob a responsabilidade da Justiça.
– Vamos cumprir o que a Justiça determinar. O Conselho Nacional de Justiça está cuidando disso.
Na visão da CNBB, os índios têm o direito à terra, legitimado na Constituição, e deverão ocupar esses territórios.
– As demarcações de terras terão que acontecer. São determinados. Eles têm seus direitos – declarou o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner.
Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) estiveram em Brasília e tentaram participar da reunião, mas não puderam entrar. A assessoria de imprensa da Casa Civil informou que novas reuniões com outras entidades para tratar do tema ainda não estão marcadas.