Demora na liberação da entrada da carne de SC nos EUA preocupa governo brasileiro

Governo brasileiro aguarda uma resposta das autoridades norte-americanas, que se comprometem a solucionar impasse até novembroA demora na conclusão do processo que analisa o início da venda de carne suína de Santa Catarina para os Estados Unidos, adiada por duas vezes, preocupa o governo brasileiro. A abertura deste mercado é um dos itens de um acordo firmado em julho deste ano, quando o Brasil aceitou suspender as retaliações a que teria direito devido aos subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão. O Brasil deveria ter recebido em setembro uma resposta sobre a possibilidade da carne s

Por enquanto, o governo brasileiro aguarda uma resposta das autoridades norte-americanas, que se comprometeram a solucionar o impasse até o final de novembro. O assunto vai ser discutido de forma detalhada em Brasília, no mês que vem, durante reunião da Câmara de Comércio Exterior. Até lá, não está descartada a suspensão do acordo feito com os Estados Unidos.

Um dos motivos para o atraso foi o resultado insatisfatório de uma consulta pública promovida no país. No Brasil, os suinocultores, que não acreditam em abertura de mercado ainda este ano, tem apostado em outras maneiras de aumentar o consumo

? Há uma estratégia de focar no mercado interno ? diz Fabiano Coser, da Associação Brasileira de Criadores de Suínos.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) informou que os repasses do governo norte-americano ao fundo compensatório destinado ao cultivo do algodão no Brasil estão em dia. O apoio financeiro é mais um dos itens previstos no contrato firmado entre os dois países. Desde junho, foram depositados US$ 71 milhões e até o final deste mês, serão repassados mais US$ 12 milhões ao fundo. Segundo o presidente da Abrapa, Haroldo Cunha, o rompimento do acordo por parte do governo brasileiro traria prejuízos ao setor.