Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Dependência da Argentina estimula distribuição da produção de trigo

Atualmente, mais da metade do trigo consumido no país vem de foraA dependência do trigo importado, principalmente da Argentina, vem estimulando a abertura de novas fronteiras para a produção no Brasil. As pesquisas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já estão mudando a geografia da produção no país. A perspectiva é que a oferta do grão brasileiro possa ser melhor distribuída durante o ano. Atualmente mais da metade do trigo consumido no país vem de fora.

A Associação dos Triticultores de Minas Gerais (Atriemg) fez um trabalho de estímulo junto aos produtores para divulgar as vantagens da produção de trigo. Em cinco anos, conseguiu aumentar a produção de 20 mil para 100 mil toneladas em 2009. Mas em 2010, bastou o mercado do feijão acenar com lucro e a produção caiu para 75 mil toneladas. Falta consistência na comercialização com a indústria moageira.

O produtor precisa de mais garantias que possam dar confiança na hora de investir em novas lavouras. Organizar o setor é um desafio em todo país. Em Minas Gerais, a exemplo do que vem acontecendo principalmente no Paraná, a classificação do tipo de trigo vem atendendo melhor as necessidades da indústria.

? A indústria hoje está trabalhando com separação das variedades. Estamos segregando as variedades por classe: trigo melhorador, trigo pão, trigo para macarrão. Estamos produzindo e separando. Por isso, estamos ganhando competitividade. Estados tradicionais como São Paulo, maior consumidor de farinha de trigo, vem buscar aqui em Minas ? afirma Eduardo Abrahim, produtor de trigo.

Integrar toda a cadeia da triticultura é um passo importante. No entanto, o Brasil ainda está longe de ser auto-suficientes. Atualmente, o mapa da produção de trigo no país está melhor definido pelas macrorregiões Sul, Centro-Sul e Cerrado. Cada uma com características próprias.

Sul e Centro-Sul são as tradicionais e, mesmo com a cultura consolidada, ainda tem muita tecnologia para ser desenvolvida. No Cerrado, o trabalho está em duas frentes, com irrigação e no sequeiro. Os desafios passam pela seca e pelas doenças da cultura.

? Precisamos trabalhar com variedades para suportar seca suportar calor, enfrentar maior nível de doenças, e solos com pouca fertilidade. Os solos do cerrado são solos fracos. Precisamos melhorar estes solos ? afirmou Sergio Dotto, chefe-geral da Embrapa Trigo.

Centros de pesquisas estão sendo criados para abrir novas fronteiras, e uma delas vai ser em Uberaba. O Brasil central cresceu em população nas últimas décadas, o suficiente para viabilizar a produção de trigo reduzindo o custo da importação que chega através dos portos e o frete se torna caro.

? Em cidades como Brasília, Uberaba, Uberlândia e Rio Verde, a população era muito menor. Hoje, está em milhões. Precisamos ofertar trigo por aqui ? disse Dotto.

Com regiões produzindo em épocas diferentes, a oferta vai ficar escalonada, garantindo uma cadeia produtiva organizada pelo menos no segundo semestre do ano.

? Precisamos de uma oferta de trigo nacional de julho a dezembro. Agosto e setembro no Centro-Sul, e novembro e dezembro no Sul do Brasil. Eu distribuo a produção de trigo brasileiro ao longo do ano. Em seis meses, tenho esta distribuição ? concluiu o chefe-geral da Embrapa Trigo.

Sair da versão mobile