Também foi aprovado o PL 4548/98, do ex-deputado José Thomaz Nonô, que está apensado. Ele exclui, do artigo 32 da mesma lei, a tipificação do crime de submeter animais domésticos a tratamento cruel ou a trabalho excessivo. O crime só ficará caracterizado se o animal for silvestre, nativo ou exótico.
O substitutivo feito pelo relator, deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), engloba os dois projetos. Outros quatro projetos que também tramitavam em conjunto foram rejeitados.
Crimes tipificados
Segundo o relator, o PL 4602/98 deve ser aprovado pelo fato de resgatar aspectos ambientais importantes que foram excluídos da Lei 9605/98.
O projeto tipifica os seguintes crimes ambientais: atear ou manipular fogo em área florestal sem as precauções necessárias; importar ou vender produto tóxico ou potencialmente perigoso ao meio ambiente e à saúde pública cuja venda for proibida no país de origem; importar resíduos tóxicos ou potencialmente perigosos; e exportar irregularmente espécie vegetal nativa.
Além disso, o projeto inclui na legislação ambiental o princípio da responsabilidade objetiva por qualquer ato que cause dano ao meio ambiente.
Cultura popular
Já o PL 4548/98, explica o relator Regis de Oliveira, protege as manifestações de cultura popular que envolvam a participação de animais domésticos.
O objetivo é evitar que decisões judiciais impeçam a realização de eventos regionais arraigados na cultura popular, como rodeios, cavalhadas e vaquejadas. Segundo o relator, a proposta está em sintonia com o parágrafo 1º do artigo 215 da Constituição, que determina ao Estado a garantia do pleno exercício dos direitos culturais e protege as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras e de outros grupos.
Além disso, o relator lembra que esses eventos são importantes fontes de emprego e de renda para muitos municípios pequenos. O substitutivo agora segue para a apreciação do Plenário, em regime de prioridade.