Deputados cobram rigidez na demarcação de terras quilombolas

Frente Parlamentar da Agropecuária se reuniu nesta terça com presidente do IncraParlamentares pedem mais rigidez no processo de demarcação das terras quilombolas. Deputados da bancada ruralista se reuniram nesta terça, dia 3, com o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para discutir o assunto.

Representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária pediram a Rolf Hackbart que o instituto siga a instrução normativa editada pela Advocacia Geral da União, que estabelece regras mais rígidas para a demarcação dos quilombos.

? Somos favoráveis às áreas declaradas de quilombos, mas àquelas em que historicamente as comunidades vivem, e não as que extrapolam a área e a posse permanente do grupo ? disse o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC).

Os parlamentares levaram à reunião o exemplo de uma comunidade quilombola localizada no município de Campos Novos, em Santa Catarina. A área ocupada por 36 famílias tem cerca de 450 hectares, mas a demarcação de terras feita pelo Incra chegou a oito mil hectares, se estendendo sobre cidades, indústrias e propriedades rurais.

? A área quilombola é a terra ocupada pelos descendentes. Não pode ser demarcada a partir do que eles precisam. É preciso respeitar o direito de propriedade também daqueles que vivem ao redor da comunidade ? defende o procurador do Estado, Ezequiel Pires.