? Não podemos criar cartórios e nichos que venham beneficiar apenas quem seja funcionário de
carreira ? disse Caiado.
Para o deputado, essa medida não vai sobrepor o aspecto político ao técnico na escolha dos adidos agrícolas. A ideia de Caiado é que o escolhido para ser adido também seja sabatinado pelas comissões de Agricultura da Câmara e do Senado, pelo Ministério da Agricultura e por outros ministérios.
Caiado lembra que a sabatina do Legislativo já é adotada na escolha dos presidentes do Banco Central e de agências reguladoras. O decreto do governo, no entanto, não prevê a análise pela Câmara e pelo Senado dos nomes para ocupar o cargo de adido agrícola.
O deputado Carlos Melles (DEM-MG) também afirmou que os futuros adidos agrícolas precisam ter diversas origens funcionais, além de serem sabatinados pela Câmara e pelo Senado. Ele ressaltou, no entanto, que a criação do cargo é positiva, pois é uma demanda antiga, que vem desde 1995.
Caiado, por sua vez, considerou insuficiente o número de adidos agrícolas previstos (oito). Segundo o decreto, esses adidos vão passar por treinamento no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, e vão atuar em Buenos Aires, Bruxelas, Genebra, Moscou, Pequim, Pretória, Tóquio e Washington.