A área agrícola no Brasil, de acordo com o IBGE, é de 60 milhões de hectares, mas apenas 8% da área possui mecanismos para irrigação. Isso porque os produtores ainda enfrentam dificuldades para conseguir implantar tais sistemas nas propriedades. O Rio Grande do Sul tem potencial para chegar a 300 mil hectares plantados com o sistema de irrigação de pivô central, porém, só 90 mil hectares estão viabilizados.
Para que os produtores tenham mais acesso aos sistemas de irrigação, foi realizado esse encontro com especialistas no assunto, representantes do Ministério Público e órgaos ligados à agricultura do país.
Durante o evento, foram debatidas questões como a outorga do uso da água e os avanços para o setor de acordo com o novo Código Florestal. De acordo com o promotor de Justiça do Ministério Público, Alexandre Saltz, a longa espera também é ocasionada por que muitos projetos não são feitos da forma adequada.
Mesmo com as dificuldades, a área irrigada por pivô central registra crescimento no Rio Grande do Sul. Em 2012, passou de sete mil para 20 mil hectares e, para este ano, a previsão é de aumento em torno de 30 mil. Para o professor de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Reimar Carlesso, é preciso que haja um entendimento de todos os setores envolvidos para agilizar o processo de irrigação no país. Ele também falou sobe a perda do potencial produtivo que as lavouras vem sofrendo ao longo de sua produção.
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– O sistema de rotação de culturas é fundamental e aplicar o sistema de plantio direto, mais ainda – explica o professor, confirmando que não basta a irrigação para aumentar a produtividade e sim conter a compactação do solo, um dos silenciosos inimigos da lavoura.
