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Desconhecida, mosca-da-haste precisa ser monitorada

Incidência do inseto ocorreu no Sul do país na última safra e produtor deve ficar atento para não ter perdas na produção

Bruna Essig | Santa Maria (RS)

Ainda pouco conhecida no Brasil, uma nova praga para esta safra precisa ser monitora pelos agricultores, a mosca-da-haste. No Sul, pesquisadores encontraram larvas do inseto em algumas regiões. A praga se hospeda na planta e rouba os nutrientes dela, o dano só é percebido no final da safra.

– Elas diminuem a capacidade produtiva da planta e isso acaba se refletindo em redução da produtividade do grão, que muda conforme a variedade da planta. Estes danos podem variar de 2% a 36%, dependendo deste conjunto de fatores – explica o pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jerson Guedes.

A Embrapa Soja diz que a presença da praga é pontual e regionalizada, não trazendo grandes riscos no momento, mas recomenda aos produtores a fazer um monitoramento constante. O Ministério da Agricultura reconhece a existência da mosca-da-haste em algumas regiões, mas não se trata de uma praga alastrada.

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O objetivo do Laboratório de Manejo de Pragas da UFSM, registrando a ocorrência do inseto e desenvolver estudos para combater a mosca.

– Depois que nós tivermos esse conjunto de informações sobre controle biológico, vai ser possível propor um manejo da mosca utilizando diferentes estratégias – reforça Guedes.

A mosca-da-haste é um inimigo bem pequeno, só é possível identificar no microscópio, a principal dificuldade é como identificar o problema.

– Existe somente uma forma para identificar a praga, que é o exame das plantas. O produtor deve arrancar a planta, abrir a hastes principal e lateral da soja e procurar a presença de larvas no interior – orienta o agrônomo Luiz Eduardo Curioletti.

Não é a primeira vez que a mosca originária da Ásia aparece no país. Há 32 anos ela foi encontrada pela primeira vez em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Depois, em 2008. Na última safra, novas larvas do inseto surgiram em algumas lavouras. Pesquisadores da UFSM encontraram neste ano 18 pontos com a presença da mosca, espalhados por três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apesar da incidência, ainda não existem produtos específicos para controle da praga.

– No período que antecede o cultivo da soja, o tratamento de sementes pode ser uma medida preventiva de manejo dessa praga –explica Curioletti.

Veja a reportagem:

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