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PF desencadeia operação contra envolvidos em crimes ambientais

Suspeita é de que os prejuízos cheguem a R$ 900 milhõesA Polícia Federal desencadeou nesta sexta, dia 21, uma operação para prender acusados de envolvimento com crimes ambientais na Amazônia mato-grossense. A operação, chamada de Jurupari, cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em seis Estados e no Distrito Federal. A maioria dos acusados é de Mato Grosso.

A operação deflagrada tem o objetivo de reprimir a extração, o transporte e o comércio ilegal de produtos florestais da região. Foram emitidos 91 mandados de prisão preventiva e outros 91 de busca e apreensão em São Paulo, Paraná, Rio grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal e em Mato Grosso, onde mais de 60 acusados foram detidos.

De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de participar de um esquema de crime ambiental, com base na concessão fraudulenta de licenciamentos, planos de manejo florestal e autorizações para a extração ilegal de madeira, inclusive em áreas protegidas como terras indígenas e parques nacionais. Estes documentos, necessários para a legalização e o comércio de madeiras, eram emitidos por funcionários da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Entre os presos estão madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais e servidores públicos da Secretaria Estadual. A esposa do presidente da assembléia Legislativa de Mato Grosso, Janete Riva, o chefe de gabinete do governo do Estado, Sílvio Corrêa e o ex-secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, também foram presos.

Na tarde, durante coletiva a imprensa, o atual responsável pela pasta, coronel Alexander Maia, disse que é preciso tomar conhecimento sobre o teor de cada acusação para que a secretaria possa se posicionar e adotar alguma providência, mas enfatizou que tudo será feito com a maior transparência possível. Já o governador Silval Barbosa decretou o afastamento de todos os servidores do executivo estadual envolvidos no esquema até que sejam encerradas as investigações. Os envolvidos são acusados de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, furto, grilagem de terras, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informática, além dos crimes ambientais.

A Justiça Federal decretou o bloqueio dos bens de todos os envolvidos. A Operação Jurupari foi desencadeada após dois anos de investigações. A suspeita da PF é de que os prejuízos com os crimes ambientais cheguem a R$ 900 milhões.

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