Apesar de prontos desde maio, os dados só foram divulgados nesta terça-feira, dia 15. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, isso ocorreu porque a Casa Civil decidiu aguardar os números sobre desmatamento fornecidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelos próprios Estados.
De acordo com o Inpe, a área observada livre da cobertura de nuvens correspondeu a 54% da Amazônia Legal. Do total verificado pelo Deter em maio, 646 quilômetros quadrados correspondem ao Mato Grosso, 19% a menos do que em abril (794).
Também foram identificados 262 quilômetros quadrados desmatados no Pará, em relação ao 1,3 quilômetro no mês anterior. Em abril, os satélites só conseguiram observar 11% do territiório paraense, contra 41% em maio.
A qualificação dos dados do Deter de maio foi realizada utilizando como referência um conjunto de 18 cenas do sensor TM/Landsat, a maioria do final do mês de junho ou início de julho de 2008, localizadas em Mato Grosso, Pará, Amazonas e Rondônia.
Os alertas indicam principalmente desmatamentos por corte raso (60%), processo de remoção total da cobertura florestal em um curto intervalo de tempo. Também foram observados a degradação florestal de intensidade alta (23%). Nesse caso, observa-se a perda parcial e contínua da cobertura florestal.
Foram avaliados 241 alertas (ou polígonos de desmatamento), representando 544 quilômetros quadrados ou 49,6% da área total dos polígonos indicados pelo Deter no mês de maio. Do total avaliado, 88,3% da área dos alertas foi confirmada como desmatamento e 11,7% não apresentou indícios de desmatamento e foi contabilizada como não confirmada.