? O planejamento foi feito para 30 dias, mas creio que em 15 dias será possível retirar tudo ? afirmou o superintendente da PF em Roraima, José Maria Fonseca.
O superintendente avaliou que a desocupação por parte de quem não cumpriu o prazo dado pela Justiça, encerrado na última quinta, dia 30, começou de forma tranqüila e, na maioria dos casos, não foi feita antes porque a União não conseguiu disponibilizar transporte necessário. Há famílias de saída que vivem em áreas de difícil acesso e outras que aguardam caminhões para fazer a mudança.
As fazendas até então exploradas por seis grandes produtores de arroz já foram desocupadas. Os últimos a deixar a área foram Tiaraju Faccio, que terminou de colher nesta sexta, dia 1º, e Paulo César Quartiero, que só saiu após receber um mandado de desocupação escrito à mão pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Jirair Meguerian.
As duas famílias de pecuaristas idosos que passaram a vida inteira na região, visitadas ontem pelo desembargador, ainda não saíram. Segundo o juiz auxiliar Lincoln Rodrigues, que acompanhou Meguerian, Adolfo Esbell alegou que tem descendência indígena e foi dada a ele oportunidade de provar. Já Lawrence Hart só aguarda a chegada do transporte prometido pela União, que deve ser viabilizada em 15 dias.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que 300 caminhões se dividirão pela área de 1,7 milhão de hectares para concluir o quanto antes a desocupação dos remanescentes.