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Desvalorização do dólar é transitória, diz Mantega

Ministro chamou a imprensa nesta terça para comentar a queda da moeda norte-americanaA desvalorização do dólar é transitória e se deve à recuperação da economia dos Estados Unidos, disse nesta terça, dia 4, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Embora não tenha anunciado medidas para conter a queda da moeda norte-americana, ele afirmou que o governo está preparado para agir.

A entrevista coletiva gerou expectativa entre os jornalistas e até no mercado cambial. Porém, Guido Mantega se limitou a comentar a queda da moeda norte-americana, que chegou a R$ 1,65 ao longo do dia.

? Nós acreditamos que esse movimento não vai continuar, mesmo porque o governo está pronto para tomar medidas que vão impedir que essa valorização do real prossiga, porque ela é prejudicial ao país ? defendeu Mantega.

Na avaliação do ministro, a recuperação mais rápida que o previsto da economia norte-americana incentiva os investidores internacionais a aplicarem nas economias emergentes, trazendo recursos para o país. No médio e longo prazo, no entanto, o dólar tende a subir com o crescimento dos Estados Unidos.

? Se, de fato, a economia americana ganhar peso, o governo americano poderá reduzir a emissão de dólares e até começar a subir juros. Mas isso mais adiante. Até que isso aconteça, o movimento será de desvalorização do dólar ? explicou.

No ano passado, o governo elevou para 6% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa. Mantega admitiu que a equipe econômica pode anunciar outros tipos de medidas, como a administração da entrada de capitais estrangeiros.

O ministro ressaltou ainda que o Brasil está autorizado pelo G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a administrar diversos tipos de medidas de intervenção direta no câmbio.

? Existem várias medidas, além do IOF. Podemos administrar ingresso de capitais, inclusive conseguimos incluir no documento do G-20 a autorização para fazer isso ? disse.

Segundo Mantega, o reforço do ajuste fiscal prometido para este ano ajudará a minimizar os efeitos da queda do dólar. Isso porque a contenção dos gastos reduz a demanda econômica e abre espaço para a redução da inflação e dos juros.

? O ajuste fiscal ajudará a política inflacionária do Banco Central, de modo a reduzir juros no país para atrair menos capitais externos. O governo está atento a essa questão. Não permitiremos que dólar derreta ? declarou.

O ministro da Fazenda disse que ainda não há um valor definido para o corte no Orçamento da União, este ano. O número vai depender de um estudo minucioso, que já está sendo preparado pelos ministérios. O levantamento vai indicar quais áreas sofrerão cortes.

? É melhor fazer uma redução qualitativa, olhando a realidade de cada Ministério e aquilo que pode ser reduzido, sem prejudicar as ações principais de cada Ministério. Com isso, estou garantindo que haverá uma ação fiscal forte do governo neste primeiro ano, que acabará ajudando também o câmbio, em um médio prazo ? concluiu Mantega.

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