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Dia de Campo em Londrina apresenta resultados do Lavouras do Brasil

Depois de uma reciclagem sobre tecnologias, participantes foram convidados a conhecer a área experimental do projetoAs inovações e os resultados iniciais do projeto Lavouras do Brasil, em Londrina (PR), foram apresentadas no Dia de Campo Especial, que ocorreu na Embrapa Soja.

O produtor e a pesquisa se prepararam para um La Niña mais severo. O projeto Lavouras do Brasil também se voltou para o manejo da soja sob esse cenário. O La Niña se instalou no Brasil, mas, até o momento, os veranicos prolongados não se confirmaram com a intensidade prevista. Em reality show agrícola é assim: tudo muda conforme o clima.

? O que a gente está conseguindo mostrar esse ano, um pouco diferente do ano passado, é um conjunto de tecnologias alternativas para o agricultor, frente ao fenômeno La Nina, que a gente esperava que fosse acontecer, mas até o momento ele não aconteceu, não chegou a prejudicar e nem colaborar para o aumento da lavoura. Na essência dele, é um conjunto de alternativas tecnológicas um pouco diferentes daquilo que o agricultor tem feito ? diz Áureo Lantmann, consultor do projeto Lavouras do Brasil.

O equilíbrio dos macro e micro nutrientes se conhece antes do plantio, a partir da análise do solo. Alguns elementos já começam a faltar em lavouras do todo o Brasil, como boro e zinco, cobre e manganês. O prejuízo se sente na produtividade, em médio e longo prazos.

? A gente tem visto, não só nas lavouras do Paraná, mas de outras regiões, principalmente do Cerrado, que a maior parte dos solos tem uma deficiência grande. Então a gente tem que pensar nesses microelementos recuperar melhor esses solos para a gente ganhar, explorar a capacidade genética desses materiais, como da Embrapa e de outras instituições de pesquisa, para a gente reverter em produtividade ? diz o assessor agronômico da Serrana Fertilizantes, Ademilson Palharin.

O pesquisador da Embrapa Soja Adeney Bueno aproveitou o Dia de Campo Especial do projeto para reforçar a importância do manejo integrado de pragas. Boa parte dos agricultores não adota o sistema, que pesa no bolso e no meio ambiente.

? O manejo integrado de pragas reduziu muito o uso. O produtor, principalmente a partir de 2000, teve uma tendência usar o calendário para aplicar inseticida. Ele tenta aproveitar a aplicação de herbicida ou de fungicida para fazer a aplicação de inseticida, que vai na carona. Isso é um dos maiores erros e tem propiciado só um aumento no número de pragas além do custo com o maior gasto de inseticidas e maior contaminação do ambiente ? explica Bueno.

Depois de uma reciclagem sobre tecnologias, os participantes foram convidados a conhecer a área experimental do projeto Lavouras do Brasil que está na Embrapa, em Londrina.

São dois períodos de semeadura: 11 de outubro e 3 de novembro. Em cada um, dois sistemas de plantio: direto e convencional. As plantas estão uniformes porque o grande volume de chuvas foi favorável para a área sem palhada. Os produtores avaliaram como útil o Dia de Campo na Embrapa.

? Realmente é a verdade, na qual a gente consegue enxergar essa deficiência, porque se você não vem aqui não consegue enxergar o problema crítico. Você está no dia a dia vendo o problema e não consegue enxergar. E quando você vem aqui consegue detectar o problema e a solução ? conclui o agricultor Milton Martinez.

? Essa prática online é muito interessante porque nós temos uma visão do país. Soma muito pra nós e eu também sou agrônomo, soma muita informação e informação hoje, vale muito ? acrescenta o produtor Aloísio Mortari Lopes.

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