Pesquisadores da Embrapa Soja orientam os produtores sobre plantas daninhas, tratamento de sementes e solo
Luciano Teixeira | São Paulo (SP)
O Projeto Soja Brasil já está na estrada para mais uma edição. E, como de costume, informações técnicas não faltarão. Manejo, técnicas, combate de doenças e pragas, o projeto levará aos sojicultores as últimas novidades tecnológicas com o aval da principal centro de estudos da soja no país, a Embrapa Soja.
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A inoculação, tratamento de sementes em que o produtor aplica nitrogênio nos grãos, é uma das técnicas que vamos ensinar durante esta edição do Soja Brasil. A pesquisadora Mariângela Hungria explica.
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– Existem algumas bactérias que conseguem se associar a cultura da soja, são fábricas de fertilizantes nitrogenados. Ali, elas conseguem capturar o nitrogênio que está no ar e que nenhum planta ou animal consegue, a bactéria quebra esse nitrogênio e transforma em amônia, a mesma que é feita pelas empresas de fertilizantes – diz Mariângela.
Também vamos mostrar os perigos do novo ciclo. Como, por exemplo, duas novas plantas daninhas que estão ganhando resistência ao herbicida glifosato: o capim branco e a Amaranthus palmieri.
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– Uma planta daninha que apareceu recentemente e que é resistente ao glifosato é conhecida como cloris, capim branco, no Rio Grande do Sul. A gente vê muito em beira de estrada e hoje entrando nas lavouras de soja. Uma das características pela qual essa planta se espalha pelo Brasil todo é a facilidade delas se dispersarem, apenas um balançar do vento já há dispersão das sementes dessa planta – explica o pesquisador Fernando Adegas.
Pragas
As pragas também são um problema do sojicultor. Toda safra tem algum inseto que se torna de difícil controle. Na avaliação dos especialistas consultados, a falsa medideira pode ser um vilão nas lavouras. O pesquisador da Embrapa Edson Hirose lembra que o monitoramento a campo deve ser constante.
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– Ir constantemente às lavouras e verificar a presença das mariposas e das lagartas ainda neonata, pequenas, para que ele possa ter tempo para intervir, se necessário – orienta.
Solo
Neste período de pré-plantio é importante também o cuidado com o solo. O manejo de solo bem feito pode garantir boa produtividade.
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– A análise química do solo vai nos dar subsídio para recomendar não só os fertilizantes, mas também os corretivos, como calcário e gesso, dependendo da condição. Também serve para verificar como anda a disponibilidades dos principais nutrientes manejados na cultura, como fósforo, potássio, enxofre e micronutrientes – reforça o pesquisador Adilson Oliveira.
Tecnologia
Para a maioria dos especialistas do setor, a soja será mais tolerante às variações do clima, no futuro. Mas, para isso, é importante o uso da tecnologia para diminuir as perdas e aumentar a produção por hectare.
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– Desde que você consiga combater as doenças com maior eficiência, eu acho que a produtividade sempre vai aumentar com o mínimo de esforço. Lógico que a parte de melhoramento é muito importante, mas o combate às doenças ou como as plantas vão poder lidar com as mudanças climáticas será sempre um avanço na produtividade – afirma o especialista em biotecnologia de grãos Maurício Antunes.
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