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Dificuldade na produção da fécula de mandioca impulsiona cotações

Demanda interna aquecida também influenciou as transações internacionais de fécula em 2010Diante do cenário econômico favorável em 2010, a demanda por amidos teve crescimento expressivo. Ao mesmo tempo, problemas na produção de fécula elevaram os preços deste produto ao longo de 2010.

Dados ainda preliminares do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indicam que a produção de fécula em 2010 deverá ser entre 2% e 5% inferior à de 2009. Destaca-se ainda que os estoques das fecularias também seguem baixos, com volume equivalente a 5% da produção estimada pelo Cepea, o que pode significar baixos estoques de passagem entre 2010 e 2011.

A transição de 2009 para 2010 também foi de estoques de passagem baixos. Assim, compradores começaram o ano com o objetivo de formar novos estoques. Ao mesmo tempo, a oferta de raiz para a indústria de fécula seguia baixa e a preços mais elevados que os verificados em anos anteriores.

A maior média mensal de 2010 foi registrada em março, com R$ 1.649,58/t, a maior para este mês desde 2004. Diante disso, a média do primeiro semestre foi de R$ 1.510,97/t. No segundo semestre, ainda com problemas na produção, a demanda pelo produto voltou a se elevar. Diminuiu também a oferta de amido de milho no mercado, levando parte dos setores que utilizam o produto a buscar a fécula de mandioca como alternativa, mesmo com preços elevados. Na segunda metade do ano, o preço médio do produto foi de R$ 1.433,03/t.

Em termos reais (deflacionados pelo IGP-DI de novembro), a média acumulada de 2010 foi de R$ 1.470,46/t, valor 41,7% acima da verificada em 2009 (R$ 1.037,69/t) e também a maior para o período desde 2004. Diante do fato de os preços da raiz terem subido com mais intensidade que os da fécula, em 2010 houve diminuição na margem das fecularias, o que se justifica pela relação entre média de preços de fécula e de raiz de mandioca. A relação, que foi de 6,20 em 2009, caiu 5,5% em 2010, passando para 5,85.

Comparando a última semana de 2009 ao período de 27 a 30 de dezembro de 2010, o valor médio da fécula de mandioca subiu 12,8%. As altas mais expressivas ocorreram no Estado de São Paulo (30,8%) e Santa Catarina (24,9%). No Paraná e Mato Grosso do Sul, os aumentos foram de 24,1% e 23,2%, respectivamente.

As dificuldades na produção e a demanda interna aquecida influenciaram as transações internacionais de fécula de mandioca em 2010. De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), entre janeiro e novembro, as exportações brasileiras de fécula de mandioca totalizaram 5,58 mil toneladas, quantidade 40,3% menor que o observado em todo o ano de 2009 (9,31 mil t). Ao mesmo tempo, as importações brasileiras do produto passaram de 2,02 mil toneladas entre janeiro e novembro de 2009 para 11,1 mil t no mesmo período de 2010, acréscimo de 452%.

Nesse cenário, a balança comercial deste produto teve saldo negativo de 5,61 mil toneladas em 2010, o pior desde 2004. Vale lembrar que, em 2009, a balança comercial do produto teve superávit de 7,32 mil toneladas. O valor médio para exportação em 2010 foi de US$ 901,47/t, aumento de 47,4% em relação ao de 2009 (US$ 611,40/t). Mesmo com essa valorização, o saldo comercial do produto, após cinco anos, teve déficit de US$ 298,35 mil.

Na Tailândia, referência para o mercado internacional de fécula de mandioca, os preços estiveram elevados em 2010, conforme o Thai Tapioca Starch Association (TTSA). A média anual (base Bangcoc) foi de US$ 511,15/t, aumento de 74,7% em relação à de 2009, quando estava em US$ 292,43/t.

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