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Dificuldades e oportunidades do setor sucroenergético são discutidas na Fenasucro & Agrocana

Feira é o principal evento de negócios e tecnologia do segmentoComeçou nesta terça, dia 28, em Sertãozinho no interior de São Paulo, a Fenasucro & Agrocana, principal feira de negócios e tecnologia para o setor sucroenergético. O evento reúne mais de 500 empresas do setor e é uma oportunidade de discussões sobre o mercado que está vivendo um momento difícil, segundo os especialistas.

Os problemas que afetam o segmento foram destaque durante a abertura do evento, que reúne nesta semana especialistas, produtores e empresários no interior paulista. Sertãozinho, na região norte do Estado, possui pouco mais de 100 mil habitantes e é considerado o polo mundial de tecnologia paro setor da cana-de-açúcar, com grandes usinas e indústrias de equipamentos instaladas no município. 

Durante a conferência, Plínio Nastari, um dos consultores mais respeitados no setor, alertou para a necessidade de se produzir mais para atender a demanda mundial. Segundo ele, o consumo de açúcar, por exemplo, cresce 2,3% ao ano no mundo, enquanto que o crescimento da produção não passa de 1,9%. Nastari foi otimista em relação ao etanol e disse que, até 2020, a demanda de consumo pode chegar a 172 bilhões de litros.

As condições devem favorecer o Brasil, que é o país com maior potencial para ofertar esses produtos. No entanto, o clima é um fator preocupante. As chuvas no início da colheita deste ano atrapalharam a safra, que está atrasada, e comprometeu também a qualidade da cana, que tem apresentado menor teor de açúcar. Segundo os especialistas, além do fator climático, a falta de investimentos no setor é o maior empecilho para a atividade.

A previsão da Datagro Consultoria para a produção atual é de 563 milhões de toneladas, com ou sem crise no mercado.

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