Segundo a presidente, o seu governo defende que é possível produzir e ser produtivo e ao mesmo tempo respeitar o meio ambiente. Ela citou o programa ABC e o Código Florestal. A candidata lembrou que o Brasil caminha para uma safra de quase 200 milhões de toneladas este ano e vem aumentando a produtividade tanto na agricultura como na pecuária.
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Reivindicações
Representantes regionais aproveitaram a presença da presidente na cerimônia para apresentar suas reivindicações. Em seu discurso, o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, exaltou os resultados obtidos pelo agronegócio brasileiro nos últimos anos e disse que as exportações do setor têm sustentado a balança de pagamentos brasileira. Ele lembrou que há questões não resolvidas que impactam o agronegócio nacional, contempladas no documento entregue aos candidatos ao Palácio do Planalto.
O presidente da Farsul ainda disse que agricultura familiar também é agronegócio e defendeu a existência de um único ministério para o setor. No mesmo momento, referiu-se aos ministros Neri Geller, da Agricultura, e Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário.
– Me perdoem os ministros, não queremos descartar ninguém. O que queremos é um único ministério que nos represente – falou.
Já o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul, (Fetag), Carlos Joel da Silva, discordou da sugestão.
– Queria dizer que, ao contrário do Sperotto, nós queremos manter o nosso Ministério de Desenvolvimento Agrário. Nossa agricultura familiar melhorou e nós tivemos um ministério para cuidar de nós. Com isso ficou mais fácil de trabalhar – disse.
Silva também afirmou que a agricultura familiar gera riquezas para o Estado e o país e lembrou que a entidade está investindo na pecuária familiar.
– Sabemos que chegamos a isso com a ajuda dos programas dos governos federal e estadual, mas temos questões a melhorar, e estamos conversando com o ministro Rossetto sobre isso – disse.
Segundo ele, para o desenvolvimento do setor os jovens devem permanecer no campo, mas para isso é preciso ter acesso à terra.
– Desde 2009 não temos um assentamento no Rio Grande do Sul. Precisamos melhorar nossa infraestrutura, rede elétrica, transporte, armazenagem e desburocratização de licenças – destaca.
O presidente do Sindicato de Máquinas e Implementos Agrícolas do RS (Simers), Claudio Bier, disse a Dilma que, se o Brasil vai chegar a uma safra de quase 200 milhões de toneladas este ano, é preciso agradecer muito à tecnologia das máquinas agrícolas utilizadas na produção. Além disso, revelou que a entidade espera contabilizar mais de R$ 12 milhões originados de rodadas de negócios realizadas na Expointer.