? Houve um momento em que situação das estradas do País era de grande dramaticidade. Hoje temos cobertura de 51 mil km de obras de restauração ? afirmou Dilma, que destacou o que considerou ser um “grande esforço” do ministério dos Transportes em emplacar os empreendimentos de restauração contidos no PAC.
Ainda assim, oito das dez obras de restauração incluídas no balanço ? a maior parte na BR-101 ? passaram do selo verde, relativo ao andamento adequado do empreendimento, para o selo marelo, que indica necessidade de atenção à obra. A duplicação do trecho catarinense da BR-101, por exemplo, apresenta ritmo lento nas obras, com reclamação das empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) alegando prejuízo e incapacidade financeira na execução do empreendimento. Na Paraíba, no trecho entre a divisa do Estado com o Rio Grande do Norte e o município de Lucena, o Tribunal de Contas da União determinou a suspensão cautelar da execução de placas de concreto para a rodovia.
O trabalho dos órgãos de fiscalização também foram citados pela ministra como obstáculo para as obras de acesso a recursos hídricos, sobretudo no que diz respeito à transposição do rio São Francisco, no Nordeste setentrional. A obra, uma das grandes bandeiras do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, será visitada pelo presidente na próxima semana, em um tour de três dias nos trechos situados na Bahia e em Pernambuco.
? Essa é uma obra muito significativa para o governo por levar acesso a água em uma região muito carente, para consumo humano, animal e até para uso industrial, com impacto no desenvolvimento dessas regiões ? disse a ministra.
? Foi grande a quantidade de impedimentos que tivemos para iniciar essa obra, tanto de órgãos de fiscalização e controle quanto a necessidade de negociação com populações locais ? afirmou Dilma.
A maior parte dos empreendimentos contidos na obra de transposição aparecem no balanço com previsão de conclusão para 2010.