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Dilma deve anunciar aumento de biodiesel no diesel fóssil na próxima semana

Mistura passará de 5% para 6%. Petrobras também informou que tem US$ 1,38 bilhão para projetos de biocombustíveis até 2018A presidente Dilma Rousseff deve anunciar na próxima quinta, dia 29, o aumento da mistura de 5% para 6% do biodiesel ao diesel combustível. A decisão era aguardada desde o ano passado pelo setor produtivo. Convencida em reunião com o segmento agrícola sobre a importância de aumentar a mistura, Dilma se reuniu na terça, dia 20,  com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e tomou a decisão.

A divulgação será feita em uma solenidade no Palácio do Planalto. Além de incentivar as cadeias produtivas de soja, mamona, girassol, babaçu e demais oleaginosas, a  determinação vai aliviar o caixa da Petrobras, que no ano passado precisou importar mais de US$ 8 bilhões em óleo diesel. Uma medida provisória vai prever o aumento da mistura de 6% para julho e novo acréscimo de 7% para novembro. O aumento da mistura pode gerar uma economia de mais de R$ 2 bilhões à estatal.  

Etanol

Nesta quinta, o diretor de etanol da Petrobras Biocombustível, Milas Evangelista de Sousa, já antecipou que a demanda potencial pelo etanol pode crescer 7% ao ano até 2020 e sair dos atuais 24,5 bilhões de litros para 37,5 bilhões de litros anuais. Para isso seria necessária a construção de 38 usinas com capacidade total de moagem de 4 milhões de toneladas por ano e que 100% da matéria-prima fosse destinada ao etanol.

Sousa também afirmou que a capacidade instalada de processamento de cana-de-açúcar no Centro-Sul, de 693 milhões de toneladas por safra, pode ser atingida em até duas safras, em um cenário sem investimentos previstos para a ampliação da produção com novas usinas.

Na safra 2014/2015, mesmo com a forte estiagem em algumas regiões produtoras do Centro-Sul, a moagem deve ficar entre 570 milhões e 597 milhões de toneladas, segundo estimativas do setor.

– Claramente não tem espaço para crescer, vamos caminhar para a redução gradativa da capacidade ociosa e chegar a capacidade instalada pode ser atingida em uma ou duas safras. A partir daí, serão necessários novos investimentos – disse Sousa.

Ele também destacou a importância de se pensar no etanol de segunda geração, “que pode trazer nova oportunidade de crescimento”. Sousa admitiu que “há certo ceticismo” no etanol de segunda geração, o chamado etanol 2G, feito a partir da palha e bagaço de cana, mas que os projetos em desenvolvimento apontam para um potencial é de 40% de agregação de volume de etanol à atual produção.

– Você aumenta o volume sem aumentar área plantada – considerou.

O executivo avaliou que,diante da necessidade de importação de gasolina, “novos volumes de etanol são tudo que o Brasil precisa” e seria “bom para a Petrobras, que deixaria de importar gasolina”. Sousa afirmou, ainda, que “só a alta do preço do etanol não resolve” o problema de competitividade do combustível; é preciso o aumento da produtividade, tanto agrícola, quanto na indústria. 

Petrobras tem US$ 1,38 bilhão para projetos de biocombustíveis até 2018

A Petrobras Biocombustível informou que 60% de US$ 2,3 bilhões (US$ 1,38 bilhão) estão reservados para projetos de biocombustíveis avaliados para o período de 2014 a 2018. Esse valor previsto inclui investimentos em novos projetos de etanol e biodiesel, e não há a informação específica para cada um dos combustíveis. Segundo a estatal, o setor de etanol tem US$ 1,5 bilhão de investimentos previstos pela estatal.

– Os novos investimentos podem ser unidades de etanol de segunda geração ou da ampliação de produção de etanol de primeira geração. Passa por projetos greenfield (novas usinas), brownfield (ampliação das existentes), mas são projetos em estágio inicial e precisam comprovar a viabilidade econômica ainda – disse o diretor.

Sousa admitiu que a possibilidade enxergada pela companhia para o etanol é “agregar produtos e talvez o que possa mais contribuir para isso seja o etanol de segunda geração”, apesar de os projetos ainda serem incipientes.

– Vamos aguardar dois anos, avaliar as várias experiências no Brasil e exterior para dar mais segurança nisso. Projetos de etanol de segunda geração são ainda um estágio final de processo de desenvolvimento tecnológico – afirmou.

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