Dilma chegou à Assembleia Legislativa no final da manhã. A ministra foi recebida por deputados e lideranças dos setores agrícola e industrial. O debate se prolongou por mais de três horas. O presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Gaúcha, deputado Edson Brum, apresentou propostas para estimular o agronegócio neste período de crise.
? Baixaram o IP dos automóveis e venderam mais automóveis do que no ano passado neste mesmo período. Por que não fazer o mesmo com as máquinas e os implementos agrícolas? Isso comprova a nossa tese de que se as alíquotas forem menores, arrecada-se mais porque há mais motivação para compra. Isso pode ser em relação aos maquinários e também pode ser em relação aos alimentos. O Rio Grande do Sul enfrenta um problema muito sério com o leite, a concorrência com São Paulo e o Rio de Janeiro. Esta semana, o Rio de Janeiro publicou um decreto onde o leite do Rio Grande do Sul chegando lá tem que pagar um imposto a mais. Então fica nos tirando a competitividade ? disse Brum.
A organização das cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul levou à ministra a preocupação com as altas taxas de juros e de impostos. A Ocergs pediu ainda que o governo desenvolva um projeto específico para o setor agrícola.
? Achamos fundamental o governo federal criar um programa agrícola, um PAC agrícola voltado para a agroindústria , porque ele gera mão-de-obra, gera emprego, gera renda, permanece o homem no campo, dá possibilidade de uso da mão de obra no interior. E reforçar ainda mais o setor habitacional que é outro setor da economia que mais gera renda e trabalho. Nós pedimos que parte do Bolsa Família fosse voltado também para esses programas habitacionais ? afirmou o presidente da Ocergs, Vergílio Perius.
No final da audiência pública, Dilma recebeu as sugestões de todos os setores para o enfrentamento da crise e falou sobre a situação no Brasil e no mundo.