Dilma empossa novo ministro dos Transportes e reforça importância de melhorar infraestrutura de estradas e ferrovias

César Borges assumiu a pasta nesta quarta, dia 3, em BrasíliaA presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta, dia 3, que César Borges, empossado como novo ministro dos Transportes, traz ao governo sua experiência como administrador e homem público e consolida a participação do Partido da República (PR) na coalizão do governo. Ex-governador da Bahia, Borges deixou o cargo de vice-presidente de Governo do Banco do Brasil para assumir a pasta.

– César Borges consolida a participação do Partido da República na nossa coalizão de governo, o que, para nós, é muito importante, e o faz de forma extremamente qualificada. O PR é um partido que está conosco desde o dia em que o grande brasileiro José Alencar concorreu à vice-presidência da República em dobradinha com o ex-presidente Lula, o que nos levou à vitória nas três eleições que se seguiram – disse Dilma durante discurso no Palácio do Planalto.

Segundo a presidente, Borges terá, a partir de agora, a “desafiadora missão” de “transformar o Brasil em um país moderno e eficiente, mais competitivo, cada vez mais justo e desenvolvido”. A presidente falou dos desafios na manutenção e duplicação de rodovias e da ampliação da malha ferroviária do país.

Dilma disse que o Brasil nunca teve um “surto ferroviário”, a exemplo de países como os Estados Unidos, a Inglaterra e a Índia, que tiveram seu desenvolvimento baseado na expansão de ferrovias.

– Um país que tem uma vocação para produzir minério, para produzir, consumir e exportar grãos, é um país que precisa de uma estrutura ferroviária que corte de Norte a Sul, de Leste a Oeste.

César Borges afirmou que dará continuidade ao que já está sendo feito pelo governo federal. Ele destacou que pretende visitar todos os Estados para conhecer a realidade de cada um e deve começar por Mato Grosso, onde prometeu acompanhar o processo de escoamento da safra de soja.

O novo ministro ressaltou que dará atenção especial à logística no país. Com o apoio do setor privado, o governo pretende garantir investimentos de R$ 70 bilhões na infraestrutura, em um prazo de cinco anos.

– A prioridade é colocar em prática, em andamento, a melhoria de toda a nossa infraestrutura logística. Essa é uma necessidade do país. Esse passivo tem que ser enfrentado com muita determinação. O país é grandioso, precisa de estradas, de rodovias, não só na sua quantidade, como na qualidade – apontou Borges.

Dilma também agradeceu o trabalho de Paulo Sérgio Passos, que comandava o Ministério dos Transportes desde a saída de Alfredo Nascimento (PR), que ocorreu após denúncias de irregularidades em 2011. Ela encaminhará ainda hoje ao Senado a indicação do nome de Passos para ocupar a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

– Quero agradecer a Paulo Sérgio Passos, a sua dedicação, sua competência e sua seriedade – disse. 

A presidente ainda relembrou a reestruturação da capacidade do Estado de planejar a logística, que começou com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dilma disse que o governo federal ficou muitos anos sem investir consideravelmente em projetos de rodovias, ferrovias e portos, o que teria comprometido, inclusive, a capacidade de se criar projetos bem elaborados. Para acelerar as obras, ela ressaltou a importância do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que agiliza as licitações, e as parcerias com a iniciativa privada, como a que prevê R$ 133 bilhões para construção de ferrovias.

– Desde agosto do ano passado, além das atividades e atribuições que o Ministério dos Transportes tem, de duplicar, de ampliar e de construir ferrovias, nós lançamos um ousado processo no sentido de chamar a iniciativa privada para, conosco, fazer o desenvolvimento da logística brasileira. Tanto na área de rodovias, quanto na de ferrovias. Essa parceria é algo crucial para o Brasil e é apenas a primeira etapa. Fazer 7,5 mil km de rodovias e 10 mil km de ferrovias – afirmou.

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