– Isso sem contar os outros alimentos que chegam à mesa produzidos pela nossa agricultura, que são as verduras, as frutas, as carnes, o leite, o café e o açúcar – disse.
No programa semanal Café com a Presidenta, ela atribuiu a expectativa de recorde na produção ao clima e ao solo brasileiros e também a medidas como a ampliação do crédito, a redução do custo dos financiamentos e os investimentos feitos por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
– Nesta safra, o governo brasileiro colocou R$ 115 bilhões para financiar o agronegócio e também colocou R$ 18 bilhões só para a agricultura familiar. Veja você: é um valor significativo que está à disposição dos nossos agricultores, dos pequenos, dos médios e dos grandes agricultores – explicou.
Segundo Dilma, a procura pelo crédito no setor é grande. Até o momento, meio de safra, os agricultores tomaram R$ 72 bilhões para financiar o custeio da produção (preparar a terra, comprar sementes e fertilizantes e fazer a colheita) e para investimentos (construção de sistemas de irrigação e compra de máquinas agrícolas).
– Tudo isso vai significar mais tecnologia no campo e o resultado é que temos hoje uma das agriculturas mais eficientes e modernas do mundo. A cada ano, os nossos agricultores têm procurado mais e mais crédito para modernizar a produção e para melhorar as condições do trabalho no campo – afimou.
O agronegócio já tomou emprestado R$ 13,5 bilhões para a modernização de propriedades – apenas os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de equipamentos agrícolas cresceram 24% em relação à safra passada, de acordo com a presidente.
– O Plano Safra da Agricultura Familiar já liberou, somente nesta safra, R$ 6 bilhões para a compra de máquinas e para projetos de infraestrutura nas propriedades. O dinheiro é usado para recuperar a terra, organizar pomares, construir sistemas de irrigação, comprar resfriadores de leite e até para comprar tratores e pequenas carretas para o transporte da produção – disse.
Dilma destacou também que 30% dos recursos usados pelas prefeituras para garantir a merenda escolar podem ser comprados diretamente da agricultura familiar. Atualmente, segundo ela, sete em cada dez municípios brasileiros compram uma parte da merenda escolar diretamente da agricultura familiar.