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Dilma Rousseff inaugura trecho do etanolduto entre Ribeirão Preto e Paulínia

Duto será operado pela Transpetro, subsidiária da PetrobrasA presidente Dilma Rousseff inaugurou, nesta segunda, dia 12, o primeiro trecho do etanolduto do Sistema Logístico de Etanol Ribeirão Preto-Paulínia. O duto, que escoará o derivado da cana-de-açúcar, tem 206 quilômetros de extensão do Terminal Terrestre de Ribeirão Preto à Refinaria de Paulínia e será operado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras.

A partir do uso comercial do duto, será possível a venda do etanol hidratado em Paulínia ou sua transferência, por outros dutos, para Barueri e para o Rio de Janeiro.

Dilma, em entrevista a rádios no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), comentou ainda as medidas para o setor sucroenergético tomadas recentemente pelo governo.

– Lançamos várias medidas para sustentação ao setor sucroenergético. Em 2011/2012, um programa de R$ 1 milhão para produtores renovarem canavial. Em 2013/2014, mais R$ 4 bilhões para o Prorenova, com 1 milhão de hectares de cana-de-açúcar para recuperar a produtividade – disse Dilma.

A presidente citou ainda o financiamento de R$ 2 bilhões para a estocagem de etanol, com taxa de juros de 7,7% ao ano, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

– Usinas não precisam vender etanol na safra e sustenta preços de médio prazo. Aumentamos ainda para 25% mistura e criamos demanda de 2 bilhões de litros de etanol anidro – disse.

A presidente ressaltou que seu governo aposta em uma nova logística para que o país cresça. Ela destacou que o país não tem uma infraestrutura logística compatível com sua dimensão e necessita de investimentos no setor para garantir a competitividade.

– Esse trecho que estamos inaugurando faz parte de um grande esforço do país para modernizar sua estrutura logística e assegurar que ela seja, de fato, um elemento de desenvolvimento do país. Nós precisamos disso não só para escoar os produtos, não só porque é a forma mais competitiva, mas porque esse é o elemento fundamental para o país crescer.

Sobre o etanol, Dilma lembrou que o governo editou a Medida Provisória (MP) que desonera de PIS/Confins a comercialização do etanol e reduz custos de R$ 0,12 por litro.

– Hoje inauguramos a primeira de nove fases do sistema que usa tanto dutos como hidrovia para escoar a produção de etanol – completou.

Dilma ratificou ainda que a fábrica de processamento de amônia e produção de fertilizantes será em Uberaba (MG), apesar do pleito da cidade paulista em tê-la, por causa do acesso ao gasoduto necessário à fabricação do insumo.

– Uberaba é polo de rocha fosfática e para a produção do fertilizante é importante. Essa fábrica atende demanda de regiões que consomem 75% da amônia. Essa fábrica foi a opção do governo federal – afirmou.

O projeto que teve seu primeiro trecho inaugurado hoje terá aproximadamente 1,3 mil quilômetros de extensão de dutos e 700 quilômetros de hidrovia. Serão 15 terminais de coleta e distribuição e capacidade de transporte de 20 milhões de metros cúbicos de etanol por ano, além de capacidade de armazenamento operacional de 1,2 milhão de metros cúbicos de etanol. Quando estiver concluído, passará por 45 municípios, ligando os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo ao centro de armazenagem de Paulínia, o principal do país, de onde será transportado para as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, além do Porto de Santos, para exportação. O projeto tem investimento de R$ 7 bilhões, por meio de financiamento do BNDES e bancos comerciais, e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Unica pede a Dilma intervir contra ameaça protecionista dos EUA

Durante uma conversa rápida entre a presidente Dilma e a presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, após a cerimônia de inauguração, Elizabeth pediu à presidente que intervenha junto ao presidente norte-americano Barack Obama contra a ameaça dos Estados Unidos de pedir a rastreabilidade, usina por usina, do etanol brasileiro exportado àquele país.

Após ver as barreiras tarifárias para o etanol de Brasil e Estados Unidos derrubadas em dezembro de 2011, os usineiros temem que tenha sucesso e siga adiante a recente proposta da Agência de Proteção Ambiental dos EUA de cadastro de todas as usinas exportadoras brasileiras e de que o etanol seja segregado e rastreado até aquele mercado.

– É mais sofisticado que uma taxação. Uma exigência de segregação de etanol usina por usina prejudica esse investimento (etanolduto) para reduzir custo de logística. Identificar cada uma das usinas e acompanhar o etanol até entrar nos Estados Unidos cria custos de logística e financeiro enormes, cujo único objetivo é protecionista – declarou a presidente da Unica.

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