A presidente esteve nesta quinta no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, onde lançou o Plano Brasil sem Miséria para a região Sudeste. Durante o discurso, Dilma evitou falar dos problemas que, nessa quarta, dia 17, resultaram na demissão do quarto ministro em oito meses de seu governo.
Lado a lado, partidos opostos e adversários políticos se reuniram no Palácio dos Bandeirantes. A senadora Marta Suplicy (PT), o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a presidente Dilma Rousseff estiveram envolvidos no lançamento do Brasil sem Miséria na região Sudeste. Um plano que pretende retirar da pobreza 2,7 milhões de brasileiros que vivem em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Nestes Estados, a miséria se concentra na área urbana, onde estão 79% da população mais pobre.
Os quatro governadores participaram do evento e assinaram um termo de compromisso contra a miséria. Estão previstas ações de localização e cadastramento da população com renda mensal inferior a R$ 70 e que ainda não recebe benefícios sociais. Para São Paulo, o governador Geraldo Alckmin assinou com o governo federal um acordo para complementação de renda do Bolsa Família. Cerca de 300 mil famílias terão o benefício até 2014.
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Foram assinados também acordos com o setor privado. Os supermercados dos quatro Estados do Sudeste se comprometeram a comprar produtos da agricultura familiar. A presidente Dilma Rousseff elogiou o envolvimento de todos, que esqueceram as diferenças e se uniram no combate à fome. Para ela, este é o maior desafio da sociedade brasileira.
Ela disse ainda que o Brasil é o país mais rico da América Latina e um dos mais promissores do mundo, mas o Estado precisa ir aos lugares onde não há nenhuma assistência. Sem fazer referência direta aos problemas enfrentados no ministério, Dilma disse apenas que a verdadeira faxina do país é outra.
