E o campo brasileiro é muito bom. A propriedade do suinocultor Rubens Valentini, por exemplo, reflete a realidade da suinocultura brasileira. Granjas modernas, cumprimento das exigências sanitárias, melhoramento genético e cuidados na alimentação. Qualidades que favorecem as exportações.
? A produção brasileira é uma das melhores do mundo, e, do ponto de vista sanitário, ela é superior à maior parte dos países ? afirma.
O início das vendas à China pode aperfeiçoar a produção e promover novos investimentos.
? Os mercados externos são sempre muito importantes, porque são veículos de inovação tecnológica e de elevação de padrão. Então, na medida em que você atende a esses mercados externos exigentes, você tem também um padrão de qualidade mais elevado para o consumidor doméstico ? explica Valentini.
O Brasil exportou 540 mil toneladas de carne suína no ano passado. A indústria acredita que, com a abertura do mercado chinês, os embarques possam crescer pelo menos 40% em cinco anos.
O Ministério da Agricultura quer habilitar 26 estabelecimentos, e 13 já foram visitados por técnicos da China com parecer favorável. O governo está otimista na negociação.
? Agora, a gente depende da parte chinesa aceitar nossos argumentos, aceitar nossas posições e todas nossas respostas e questionamentos que eles fizeram e que foram todos respondidos pela parte brasileira ? conta Otávio Cançado, diretor de Assuntos Sanitários do Ministério da Agricultura.
Para a professora de economia internacional, Fátima Faro, o acesso à China terá forte influência na economia brasileira.
? Qualquer país hoje que venha a ter relações comerciais com a China, com certeza, vai ter sua economia fortalecida. A entrada de capital estrangeiro dá uma oxigenação à estrutura econômica do país, e fortalece obviamente o crescimento e o desenvolvimento econômico ? explica a professora.