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Diminuição da oferta de milho pode impulsionar preços globais do grão, diz Credit Suisse

Clima desfavorável, especialmente na América Latina, pode reduzir produçãoOs preços globais do milho devem permanecer estáveis ou em baixa nos próximos meses, mas uma interrupção da oferta devido ao clima desfavorável pode desencadear variações, informou nesta quinta, dia 5, o diretor de pesquisa global de commodities do Credit Suisse, Ric Deverell.

Produtores em vários países, incluindo os Estados Unidos, responderam aos preços acentuadamente mais altos em julho ao mudar do cultivo de milho para o de soja, afirmou o diretor em uma conferência. Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações do milho no curto prazo alcançaram um nível recorde de quase US$ 8 por bushel e, desde então, têm operado em torno de US$ 6 por bushel. Nessa quarta, dia 4, o grão fechou cotado a US$ 6,5850 por bushel.

Deverell acrescentou que uma produção maior pode manter os preços sob controle por enquanto, mas os fundamentos em geral são fortes, pois a oferta do milho continua tão apertada quanto nas últimas quatro décadas.

No ano passado, os Estados Unidos, maior exportador de milho no mundo, expandiram a área plantada com o grão, mas a produção caiu devido às condições climáticas desfavoráveis. O país normalmente responde por mais de 50% do comércio mundial de milho, mas este número deve encolher neste ano. Os estoques no final da temporada 2011/12 devem cair para 21,6 milhões de toneladas, ante 28,7 milhões de toneladas em 2010/11.

Perto de 40% da colheita norte-americana de milho é destinada à produção de etanol, segundo Deverell. Com o petróleo acima de US$ 100 o barril e, considerando-se os incentivos do governo, ainda é econômico misturar gasolina com etanol, completou ele.

No entanto, o crescimento do comércio global de milho pode desacelerar, caso os planos da China de ampliar a safra doméstica e reduzir as importações forem bem sucedidos, disse o diretor.

Em abril de 2009, a China se tornou um importante importador de milho pela primeira vez em quase 15 anos. Operadores de mercado disseram que o país pode ter comprado quase quatro milhões de toneladas dos EUA entre março e setembro de 2011. Deverell afirmou que o clima continuará sendo um fator crucial para determinar os preços, que podem subir ainda mais, caso a seca que atinge a América do Sul persista.

O impacto da estiagem no Brasil e na Argentina no tamanho da próxima colheita ainda não está totalmente claro, mas tais condições podem reduzir a produção e impulsionar os preços novamente. A Argentina é o segundo maior exportador de milho do mundo. O país embarcou 15,4 milhões de toneladas no ano comercial encerrado em 30 de julho de 2011, alta de 19% ante 2009/2010, de acordo com o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês).

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