Aumentar a diversidade de culturas para fortalecer a classe produtora, fomentar o desenvolvimento agrícola e aquecer a economia da região. Essa é a estratégia dos agricultores do Vale do Araguaia, em Mato Grosso, e algumas novidades estão sendo apresentadas na oitava edição da Dinetec, que abriu nesta quarta-feira (12) o calendário nacional de feiras agropecuárias.
Nesse primeiro dia de evento, agricultores estão atrás de inovações e do que há de mais tecnológico no mercado.
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“Esse ano a gente já tem materiais de soja com as novas tecnologias, novas variedades de milho, algumas novas tecnologias de fertilizantes, algumas máquinas, até drones para distribuição de inimigos naturais para controle de pragas.O produtor está vendo muita coisa diferente que o ano passado não tinha aqui dentro”, destaca Diego Sichocki, sócio proprietário da Dinetec.
Ocupando uma área de mais de 100 mil metros quadrados às margens da MT-326 em Canarana, nordeste de Mato Grosso, a feira é considerada a principal vitrine de novas tecnologias – desde cultivares a máquinas e implementos agrícolas – do Vale do Araguaia. Nesta edição, o número de expositores cresceu e a expectativa é otimista.
São mais de 100 estandes e 350 marcas, novo recorde em relação às etapas anteriores, reflexo da consolidação da feira que a cada safra se torna referência numa região que vive um momento de diversificação dos campos, convertendo áreas de pasto em agricultura.
“É uma região em plena expansão. Desde o ano passado tivemos 30 mil hectares de incremento na área aberta, transformando a passagem em lavoura de soja, posteriormente de milho, gergelim, algodão, feijões, e com isso há novas tecnologias. Antigamente a gente sofria muito para abrir uma área. Hoje, com as novas tecnologias, você já consegue sair de primeiro ano com produção que cubra os custos e ainda sobra alguma coisinha para o agricultor”, pontua o presidente do sindicato rural de Canarana, Alex Wish.
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Diversificação de culturas
Na edição da Dinetec deste ano, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer-MT), em parceria com empresas privadas, trouxe 26 culturas para a feira.
“Sorgo, milho, milheto, pastagem com intensificação de manejo para produção. Temos girassol, cártamo, amendoim, painço que serve para alimentação de pássaros e algodão. A gente trouxe isso para dentro do estande da Empaer para o produtor passar aqui e ver o que se tem hoje na apresentação de novos materiais para levar para propriedade. A gente dá esse foco com a prioridade para trazer resultado para o pequeno, médio e grande produtor”, ressalta o extensionista da Empaer, Gildomar Avrella.
Agricultor em Canarana há mais de quarenta anos, Valdo Schelski é um dos pioneiros no cultivo do gergelim no município. Ele aproveitou o primeiro dia da Dinetec para buscar novas variedades da cultura.
“Estou atrás de novidades. Estava até aqui vendo algumas variedades novas que parece que vai produzir bem, para tentar aumentar a rentabilidade, com potencial de produção melhor”, diz o produtor.
Para este ano, a oitava edição da Dinetec tem expectativa de recorde de público e de negócios.
“Esperamos um público acima de 15 mil pessoas. Em termos de negócios, tivemos no ano passado algo em torno de R$ 700 milhões. Para 2021, a gente espera superar R$ 1 bilhão, porque são mais expositores, os insumos geram um valor maior de negociação porque subiram em dólar, a soja subiu em dólar”, projeta o sócio proprietário da Dinetec, Diego Sichocki.
