Criado em 2006, o evento é o mais completo do setor cafeeiro, reunindo público nacional e internacional, entre produtores, cooperativas, indústrias, profissionais do mercado, representantes de equipamentos e produtos e apreciadores da bebida. A escolha de Minas Gerais foi devido à produção do Estado, que é a maior do Brasil, responsável por 51,4% da safra nacional. De acordo com Fontes, a oitava edição do espaço reuniu 110 expositores e promoveu 10 eventos paralelos.
– Todas as regiões produtoras do Brasil marcaram presença. Recebemos mais de 50 caravanas. Os visitantes puderam conferir as principais novidades, tendências e soluções para o setor – pontua.
Além das exposições, o Espaço Café Brasil também agregou iniciativas de conteúdo e eventos especiais, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e o conhecimento do setor, o que chamou a atenção da mídia nacional e internacional. Destaque na programação foram as competições nacionais de barista (especialistas em preparar bebidas com café) e provadores (cup tasters), que agitaram o público presente.
Também ocorreram 120 palestras e encontros de negócios. Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), Elmiro Nascimento, a Semana Internacional do Café foi bem além das expectativas.
– O número de expositores e visitantes, os negócios gerados e as medidas discutidas nas reuniões da OIC foram de extrema importância. Ficamos surpreendidos com a força do evento, que foi essencial para mostrar ao restante do país, e especialmente ao mundo, que Minas não é só o maior produtor, mas que também produzimos um café de excelente qualidade.
Negócios
Segundo a gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae-MG, Priscilla Magalhães, as rodadas de negócios foram realizadas em um formato não muito comum no país, o Direct Trade, que coloca compradores e vendedores em contato direto.
– Foi um importante aprendizado – avaliou, explicando que o produtor brasileiro não está acostumado a negociar dessa maneira.
– Minas contribuiu para o sucesso da feira pela grande presença de produtores, o que não ocorreu na mesma proporção em outras edições – acrescentou.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg) e membro da delegação brasileira na OIC, Roberto Simões, compartilha da mesma opinião.
– O principal objetivo da Semana Internacional do Café era divulgar os cafés brasileiros e mineiros e aproveitar a comemoração dos 50 anos da OIC para mostrar as coisas excelentes que nós temos e nosso café de grande qualidade. Conseguimos atingir esse objetivo e superar as expectativas. Agora, esperamos a reação do mercado com as medidas que finalmente serão tomadas após a reunião da OIC.
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