? A diversidade biológica da Amazônia existe há milhares de anos. Isso prova que a região viveu todos os extremos ambientais do passado e, portanto, preserva e representa um repositório de tudo isso que pode servir de lição para a atualidade ? considerou.
Para um público composto por prefeitos de diversos municípios da região Norte e de outros países da Amazônia Internacional, Val deu uma palestra durante as atividades da Cúpula Amazônica de Governos Locais.
Ele destacou que produtos podem ser extraídos a partir da floresta, sem derrubá-la. Como exemplo, o representante do Inpa citou a pesca em igarapés (braços de rios) e o uso de frutos e da vegetação das várzeas (áreas que são alagadas pelos rios em determinadas épocas do ano). Para ele, essas alternativas poderão contribuir para a inclusão social e a geração de renda.
Ainda nas considerações de Val, preservar a floresta é fundamental, mas as pessoas que vivem nessa região precisam de alternativas para sua sobrevivência, sob pena de a pressão cair sobre a floresta.
? Não adianta importar soluções para a Amazônia. Esta região precisa resolver seus problemas de acordo com as soluções que tem aqui ? acrescentou.
A Cúpula Amazônica de Governos Locais obteve a chancela da Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU) – entidade internacional que representa os municípios de 127 países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) – para se tornar um Fórum Permanente de Governos Locais com a finalidade de representar os mais de 2 mil gestores locais (prefeitos) de municípios situados na Floresta Amazônica. A cúpula, realizada em Manaus e segue até sábado, dia 10.