O executivo foi um dos palestrantes no 11º Encontro de Relações com Investidores, realizado em São Paulo. Ele falou da importância da transparência da empresa, que é de capital aberto, no momento de crise, e confirmou as conversas com o frigorífico Bertin sobre uma possível fusão.
? Existem conversas entre Marfrig e Bertin, porém não existe nada assinado entre as duas partes. Estamos em conversas. O que irá resultar a partir daí, só o tempo pode dizer ? disse o executivo.
Questionado se as conversas levam em conta a fusão das companhias, com junção das operações, ou apenas a aquisição de algumas unidades do Bertin, Santos ressaltou não haver nada concreto no momento. O diretor ressaltou também que não há prazo para conclusão das conversas com o frigorífico.
? A Marfrig quer seguir na diversificação geográfica e em ganhos de escala, que sempre ocorrem em um negócio entre duas empresas de peso ? explicou Santos.
O Marfrig não foi citado nas acusações da operação Abate e as ações da companhia estiveram em alta na semana passada. O diretor de Relações com Investidores também comentou sobre o embargo à carne do Pará pelas grandes redes de supermercado. Ele disse que das nove plantas frigoríficas no país, apenas uma está no bioma amazônico.
? O Marfrig é signatária do pacto para erradicação do trabalho escravo no Brasil e também tem o seu compromisso em não comprar de propriedades que estejam na lista de áreas embargadas pelo Ibama ? completou o executivo.