A proposta de acabar com a avaliação de riscos dos transgênicos partiu da própria comissão. Desde o ano passado, as empresas são obrigadas a fazer um monitoramento do que foi liberado para a comercialização. O objetivo é identificar efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde animal e humana. Segundo o presidente da CTNBio, Walter Colli, a exigência não é necessária, já que cada variedade passa por um processo de avaliação completo antes da liberação.
? No ser humano e nos animais, não é possível fazer isso. Não é possível medir. Cientificamente para você medir alguma coisa, você precisa ter método, e método é o seguinte: todas as pessoas têm que comer a mesma coisa, e é preciso comparar com pessoas que não comeram aquilo. Você vai ter que colocar as pessoas em um campo de concentração. Não existe isso ? explicou Colli.
Parte dos integrantes da comissão defende a manutenção do acompanhamento de risco. Sem consenso, o debate foi adiado. O presidente se comprometeu a reescrever a norma com base nas sugestões apresentadas. A decisão agradou os ambientalistas.
? Esse monitoramente tem que ser mantido para que a gente tenha certeza que novos problemas podem surgir e a gente vai estar pronto na hora em trazer as novas soluções ? disse o coordenador da Campanha de Transgênicos do Greenpeace, Rafael Cruz.
Também nesta quinta, a CTNBio aprovou três liberações comerciais: uma semente de soja resistente a herbicida e duas vacinas contra doenças aviárias.