Ao sugerir que cada nação tenha independência para decidir sobre a questão, o braço executivo da UE também tenta resolver as longas disputas a respeito dos transgênicos entre os integrantes do bloco. A proposta tem que ser aprovada pelo Parlamento Europeu e receber sinal verde da maioria dos países membros para tornar-se lei.
A França já se adiantou e disse ser contra a discussão. Segundo o ministro de Meio Ambiente, Jena-Louis Borloo, a proposta “não é aceitável” porque não melhora o processo de autorização de transgênicos no bloco.
? Tomamos nota da reação do senhor Borloo e de outros ministros ? comentou o comissário e Saúde e de Políticas para o Consumidor da UE, Frederic Vincent.
O bloco de partidos verdes no Parlamento Europeu descreveu a proposta como uma “barganha duvidosa” e alertou que as sementes transgênicas representam uma ameaça de contaminação de outras lavouras agrícolas. Já os que apoiam a iniciativa argumentam que os organismos geneticamente modificados têm produtividade maior, resistem a doenças e pragas de forma mais eficiente e requerem menos fertilizantes e pesticidas.
A decisão da UE de propor a autonomia dos países do bloco na questão frustra, inclusive, a tentativa brasileira de obter maior flexibilidade na aceitação de produtos com traços de organismos geneticamente modificados em sua composição. O país pleiteia que a UE aceite níveis de tolerância de contaminação por organismos geneticamente modificados em um intervalo de 0,1% a 0,2%. Com informações da agência Dow Jones.