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Disposição de diálogo de Dilma nos deixa esperançosos, diz presidente do conselho da Unica

Segundo Roberto Rodrigues, usineiros clamam pelo retorno da cobrança da Cide, além da efetivação do aumento da mistura do etanol anidro de 25% para até 27,5%, na gasolinaO presidente do conselho deliberativo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, afirmou nesta segunda, dia 27, que a disposição de diálogo imediato com todos os setores, mostrada no discurso deste domingo, 26, da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), trouxe esperança aos produtores de açúcar e etanol.

– Ela disse uma frase muito importante: está disposta ao imediato diálogo, antes mesmo da nova posse, com setores produtivos, representantes da sociedade e das mais diversas áreas. Isso nos deixou muito esperançosos – afirma.

Eleitor declarado de Aécio Neves (PSDB), Rodrigues afirmou que o diálogo rápido proposto por Dilma será importante para o equacionamento dos problemas do setor, que sofre com a perda de competitividade do etanol ante a gasolina, principalmente pelo controle do preço do combustível de petróleo. Os usineiros clamam ainda pelo retorno da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), além da efetivação do aumento da mistura do etanol anidro de 25% para até 27,5%, na gasolina.

Rodrigues lembrou, no entanto, que o setor sucroenergético já negocia medidas de apoio com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda). Ele avaliou que as conversas continuarão, independentemente de quem substituirá Mantega no ministério, pois as decisões serão tomadas pela presidente reeleita.

Mudanças

A presidente da Unica, Elizabeth Farina, afirmou também que o primeiro discurso de Dilma traz promessa de mudanças no diálogo e no apoio a setores industriais.

– Em relação ao diálogo é uma mudança de postura importante. Eu vejo como interlocução direta e não só com governo – disse.

A executiva afirmou que será importante ter uma posição da presidente Dilma sobre o que ela espera da agroenergia na matriz energética brasileira, se será fundamental ou secundária. Farina cobra clareza tanto para o etanol quanto para a bioeletricidade.

– Nos dois casos, é importante essa sinalização para o setor e para membros do governo, que precisam incluir isso em seu conjunto de ações –  ressaltou.

Farina lembrou a demanda de recomposição da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre a gasolina e também o conhecimento claro das regras de formação de preços dos demais combustíveis.

– O setor precisa saber quais são as regras que vão vigorar e que elas sejam consistentes com o objetivo de participação do etanol na matriz energética – reforçou.

Outras medidas de apoio ao setor no longo prazo são o intermédio na relação entre produtores com a indústria automobilística e o crescimento da bioeletricidade na matriz brasileira. Farina pede a regulamentação dos incentivos para o aumento da eficiência dos motores flex abastecidos com etanol, dentro do Inovar-Auto, que continuaria no novo governo da presidente Dilma.

No curto prazo, Farina afirmou que o aumento da mistura de etanol na gasolina não precisaria esperar o segundo mandato para sair do papel, por ser uma negociação em andamento e uma medida que não é considerada estruturante para o setor.

Farina também minimizou um possível mal-estar com o governo devido ao diálogo firme com candidatos de oposição durante a corrida eleitoral.

– Eu quero olhar para frente. A aproximação com candidatos de oposição e com a própria Dilma teve bastante publicidade. Dilma se colocou como presidente que pode ser melhor do que foi – disse.

Agência Estado
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