Dos 18 deputados titulares da comissão, apenas sete são ambientalistas. Como ainda não houve a eleição do presidente, coube ao deputado com maior número de mandatos presidir a sessão nesta terça, dia 6. Coincidentemente, é um deputado do Partido Verde (PV), Sarney Filho, que argumentou que o partido questionou no plenário a composição da comissão.
O PV não concorda com a distribuição dos cargos, alega que os ruralistas estão dominando a comissão.
? Eu prefiro dar vazão à questão de ordem suspender essa nossa reunião e marcarmos para a próxima quarta-feira a reunião para então definitivamente ? disse Sarney Filho (PV-MA).
A decisão pegou os ruralistas de surpresa.
? A Comissão Especial substitui cinco comissões temáticas. Não é obrigatório que todas as comissões estejam representadas. Isso é uma opção dos líderes dos partidos, se os líderes não indicaram é problema da liderança de cada partido e não da comissão ? explicou o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto.
Os representantes do agronegócio querem o peemedebista Moacir Micheletto na presidência e o comunista Aldo Rebelo na relatoria. Os membros da comissão se reúnem nesta quarta para tentar fechar um acordo quanto aos três cargos de vice-presidente.
? Nós temos ali três vice-presidências, a presidência e a relatoria. Há cinco vagas e são cinco partidos. Os outros têm que ficar de fora, nós não temos condições de acomodar todos os partidos ? acrescentou o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS).
? Essa comissão precisa ser dissolvida literalmente. Ela é foi feita para desmoralizar o país lá fora. Entendemos que haverá conflito permanente na comissão ? completou o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP).