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Divergências entre Brasil e Argentina marcam reunião do Mercosul na Fiesp

Representantes brasileiros defendem abertura de mercados enquanto país vizinho adota protecionismoDivergências entre Brasil e Argentina marcaram o encontro de representantes da Rede Mercosul, nesta terça, dia 18, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em dezembro, as negociações da Rodada de Doha devem ser retomadas. Com o cenário da crise financeira mundial, o Brasil defende a integração e a política de abertura de mercados. Já o país vizinho e parceiro no Mercado Comum do Sul pratica o protecionismo.

? É com mais livre comércio que nós vamos reduzir o tamanho e a gravidade desta crise que se apresenta ? disse o diretor titular do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti.

Ele também sugeriu que Argentina, Uruguai e Paraguai sigam o exemplo do Brasil na independência energética e utilizem os veículos flex. Para o presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, Rubens Barbosa, há uma paralisia econômica no Mercosul, o que não favorece nenhuma negociação externa.
 
? Temos que ser realistas e pragmáticos e procurar formas inovadoras para que os países individualmente considerados não fiquem prejudicados, como é o caso do Brasil, que está amarrado por estas negociações, não podendo enfrentar negociações individuais.
 
No início de dezembro, a Organização Mundial do Comércio deve realizar uma conferência internacional para dar continuidade às negociações da Rodada de Doha. De acordo com o representante argentino da Rede Mercosul, Roberto Bouzas, a Argentina tem neste momento uma posição defensiva.
 
? A proteção dos setores sensíveis tem sido a estratégia desse governo e acho que não vai mudar. Pelo contrário, vai se agravar com a crise financeira. O Brasil vai ter que lidar com isso ? afirmou. 

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