Diversificação de eventos e de negócios caracteriza a Superagro em Belo Horizonte (MG)

Exposição agropecuária, Expocachaça, vila da agricultura familiar, além de seminários mobilizam as principais cadeias produtivas do EstadoA Superagro é a mais diversificada mostra do agronegócio mineiro. São vários eventos em um só. Exposição agropecuária, expocachaça, agricultura familiar, além de seminários que mobilizam as principais cadeias produtivas do Estado. É uma vitrine estratégica que vai além de fechar negócios, é uma oportunidade para aproximar o homem urbano da realidade do campo.

O parque da Gameleira, entre os prédios da  capital Belo Horizonte, forma um cenário de integração do campo com a cidade. A Superagro garante esta experiência para os visitantes que interagem principalmente na pecuária com a diversidade que vai dos bovinos aos pôneis. É essa a intenção dos organizadores para mudar conceitos. 

– A palavra de um artista na televisão vale mais do que cem pesquisadores da Embrapa para provar que você pode produzir sustentável. Então este evento aqui não deve ser avaliado como um evento apenas pelo seu sucesso pelos negócios realizados, ele tem que ser avaliado por essa relação da sociedade urbana com produtor rural – diz Altino Rodrigues Neto, diretor geral do Instituto Mineiro de Agropecuária.

As visitas escolares programadas, em meio à dinâmica e à diversidade da Superagro, são uma interação que surge através de estímulos, como o concurso de frases sobre o consumo do leite.

Na Vila da Agricultura Familiar, o espaço é para abrir novos mercados e revelar casos de sucesso como do casal Rosana e Luiz Antonio do Lago, que desistiram da produção de café e hoje comemoram a produção de 50 toneladas de amora e framboesa.

– O café estava muito ruim, eu queria aprender a viver sem o café e optei por frutas vermelhas. Hoje estou vivendo com renda das frutas – diz Lago.

Da para se dizer que a Superagro vai da carne à cachaça. A Expocachaça está na 22º edição com novo fôlego depois que os Estados Unidos reconheceram a água ardente como produto genuinamente brasileiro. Isso abriu a possibilidade de ampliar as exportações para o mercado norte-americano, que hoje atingem US$ 1 milhão por ano.   

– Evidentemente que a cachaça, hoje, no mundo inteiro, vai ser tida como cachaça, um produto genuinamente do Brasil, e não mais como Brazilian rum ou rum brasileiro. Isso nunca foi – fala Trajano Raul Ladeira de Lima, presidente da Associação dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq).

A Ampaq envolve mais de 100 marcas.  A Expocachaça é uma das principais vitrines do setor. Minas Gerais, que produz 260 milhões de litros por ano, responde por 60% da produção nacional, e os eventos internacionais como a Copa do Mundo podem ser uma ótima oportunidade. 

– Essas cachaças serão misturadas todas elas em um recipiente de aço inoxidável para homenagear a Copa do Mundo. Quem sabe pode chamar Ampacop, ou Copampac. Será uma denominação específica e que, evidentemente, se coadune com a Copa do Mundo – explica Lima.

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