Sannino disse que o Brasil, parceiro estratégico do bloco europeu desde 2007, não pode ser considerado apenas um “ator regional, em função de suas dimensões, tamanho e força econômica”.
? (O Brasil) Não é uma economia emergente, é uma economia emergida, e é normal que se crie uma relação de paridade entre esse país e a UE ? acrescentou.
Sannino afirmou ainda que o Brasil “não é somente um país receptor de investimentos, mas é também um investidor, não é somente agrícola, mas é industrial e oferece serviços”.
O diretor da CE disse que, por esse motivo, é preciso “um relacionamento adulto e maduro com o Brasil”, que também deve assumir suas “responsabilidades, como é normal em um país com tanta capacidade”.
Sannino também comentou sobre a articulada relação que existe entre as duas partes, com diálogos abertos em “importantes setores” como o financeiro, o meio ambiental, o energético ou o agrícola.
Nesse sentido, assinalou que a UE procura com o Brasil formas de cooperação concretas em âmbitos de interesse comum como o dos biocombustíveis, um campo “muito interessante para a Europa”, e destacou que o modelo de produção brasileiro desse combustível é “sustentável e compatível com nossos standards”.
Sannino também comentou sobre a Cúpula UE-Brasil realizada no Rio de Janeiro em dezembro do ano passado, que contou com a presença do então presidente rotativo do bloco, o francês Nicolas Sarkozy, e o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso.
Segundo o alto funcionário, a reunião aconteceu em um momento “muito importante de reconhecimento recíproco”, no qual tanto a UE como o Brasil manifestaram sua vontade de colaborar na busca por “soluções que gerem benefícios para as duas partes”.