'Doença' do custo alto chegou ao agronegócio, diz economista

Tributos, energia e mão de obra estão encarecendo a produção, segundo especialistaO economista José Roberto Mendonça de Barros chamou atenção nesta segunda, dia 5, para a elevação dos custos de produção da agropecuária brasileira. Ele falou durante palestra no Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima, em São Paulo.

? A doença dos custos altos, que é comum no setor industrial, está chegando ao agronegócio ? afirmou.

Para Mendonça de Barros, a problemas comuns no agronegócio brasileiro, como logística ineficiente, têm se somado outros: alta carga tributária, custo cada vez maior da energia elétrica e valor ascendente da mão de obra. Segundo o especialista, essas são questões que têm de ser atacadas, mas que não serão resolvidas em curto prazo. Barros deu exemplo da elevação do custo de transporte da soja do Centro-Oeste para os portos do Sul e Sudeste do País.

? Em março deste ano, 35% da receita gerada pela soja transportada ficaram na logística, ante média de 25% nos anos anteriores. Não é à toa que a produção está migrando para o Mapito, que tem um escoamento menos problemático ? afirmou, referindo-se à nova fronteira de produção formada por Maranhão, Piauí e Tocantins, que pode ser escoada pelo Norte do País.

O economista também alertou para a elevação dos custos da agropecuária em reais, que estão apertando as margens da atividade. No caso das commodities que têm seus preços balizados pelo mercado internacional, a elevação das cotações tem compensando o aumento de custos. Mas se houver uma quebra de produtividade por causa do clima, por exemplo, a situação poderia se complicar, de acordo com o pesquisador. Já produtores que fornecem para o mercado interno se veem em situação menos confortável.

Mendonça de Barros avaliou que as commodities agrícolas devem continuar sustentadas por causa da demanda de emergentes como China e Índia e da desvalorização do dólar, que deve continuar.

? Teremos preços dos alimentos elevados por algum tempo, é uma questão estrutural ? concluiu.

O economista também alertou para a elevação dos custos da agropecuária em reais, que estão apertando as margens da atividade. No caso das commodities que têm seus preços balizados pelo mercado internacional, a elevação das cotações tem compensando o aumento de custos. Mas se houver uma quebra de produtividade por causa do clima, por exemplo, a situação poderia se complicar, de acordo com o pesquisador. Já produtores que fornecem para o mercado interno se veem em situação menos confortável.

Mendonça de Barros avaliou que as commodities agrícolas devem continuar sustentadas por causa da demanda de emergentes como China e Índia e da desvalorização do dólar, que deve continuar.

? Teremos preços dos alimentos elevados por algum tempo, é uma questão estrutural ? concluiu.