Economia

Dólar atinge R$ 4 com percepção de melhora na economia dos EUA

Corretora Correparti afirma que instalação da comissão especial da reforma da Previdência pode aliviar o movimento de alta no mercado doméstico

dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial opera na manhã desta quinta-feira, dia 25, com ligeira queda frente ao real após abrir o pregão cotado a R$ 4 . O mercado financeiro é influenciado mais uma vez pelo exterior, onde a moeda norte-americana ganha terreno frente às moedas de países emergentes. Segundo analistas, a percepção de que a economia dos Estados Unidos se fortalece, na contramão de outras economias, explica o movimento altista do dólar.

Às 10h01 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em leve queda de 0,02% no mercado à vista, negociada a R$ 3,986 para venda, depois de oscilar entre mínima de R$ 3,985 e máxima de R$ 4,007. No mercado futuro, o contrato para maio caía 0,17%, acima de R$ 3,987.

Para analistas, o grande motivo para o fortalecimento da moeda estrangeira no exterior é o sentimento de desaceleração da economia global, mas com os Estados Unidos na contramão.

“As manchetes começam a apontar de forma isolada a força da economia norte-americana. Isso tem sido o gatilho para esses movimentos enquanto o movimento no resto do mundo tem sido de aversão”, comenta a equipe econômica da H.Commcor.

A equipe econômica do Bradesco avalia que as preocupações acerca de uma desaceleração da atividade global continuam no radar. “Em meio à divulgação de dados de atividade mais fracos ao longo desta semana (como na Alemanha) e com a sinalização do governo da China de redução de estímulos à economia local”, avalia.

Já o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, acredita que um contraponto que possa aliviar o movimento de alta no mercado doméstico é o anúncio feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na noite da quarta-feira, dia 24, de que a comissão especial da reforma da Previdência será instalada na quinta. “O certo de tudo isso é que a rainha volatilidade prosseguirá comandando o nosso mercado de câmbio”, diz.

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