O dólar comercial opera em queda frente ao real e busca correção após fechar acima de R$ 4,20 nesta terça-feira, 21, no maior patamar desde 2 de dezembro, quando encerrou em R$ 4,21, em meio ao receio de contágio de um vírus que se espalha pela China, que já causou a morte de 9 pessoas, e mais de 400 pessoas estão infectadas.
Também houve registro de um caso confirmado nos Estados Unidos. Com a agenda de indicadores esvaziada, investidores tendem a ficar atentos aos desdobramentos no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). Às 9h54 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,35% no mercado à vista, cotada a R$ 4,19 para venda, enquanto o contrato para fevereiro recuava 0,49%, a R$ 4,19.
“A escassez de indicadores econômicos relevantes, tanto no Brasil quanto no exterior, abre espaço para investidores darem atenção aos eventos não diretamente relacionados aos ativos, ao menos no curto prazo”, comenta o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.
O economista se refere ao coronavírus que provoca receio nos mercados em meio ao risco de contágio global após a doença desconhecida matar nove pessoas na China, atingir mais de 400 e ter o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos.
O economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa, pondera que notícias de que o governo chinês vem adotando medidas para conter a disseminação do vírus estimula investidores a buscar maior risco na sessão. De qualquer forma, o mercado monitora o noticiário para “dosar” o nível de impacto do surto da doença na atividade chinesa e global, destaca a equipe econômica da corretora Commcor.