O dólar comercial segue em queda frente ao real nesta quinta-feira, 28, mas ainda em patamar alto – acima de R$ 4,24 – mesmo após a intervenção do Banco Central na abertura dos negócios no qual ofertou US$ 1 bilhão. A tentativa é de controlar a subida de preços do câmbio. Com o feriado nos Estados Unidos, a liquidez está reduzida e as atenções se voltam para o BC, mas de olho nos desdobramentos das tratativas comerciais entre Estados Unidos e China.
“O Banco Central se adiantou e fez leilão de dólares no mercado à vista logo após a abertura oferecendo US$ 1 bilhão, volume totalmente aceito pelo mercado”, comenta o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello. Esta foi a quarta operação desde terça-feira, 26, e já colocou no mercado pelo menos US$ 4 bilhões no mercado à vista.
Lá fora, receios de que a assinatura pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um projeto de lei em apoio a manifestantes pró-democracia em Hong Kong possa estremecer as negociações comerciais entre norte-americanos e chineses fazem parte do noticiário externo e impactam o mercado acionário, além de refletir em boa parte das moedas de países emergentes.
“Ainda não sabemos qual será a resposta da China, mas logicamente, gera novamente preocupações sobre o acordo comercial entre os dois países”, comenta o analista da Mirae Corretora, Pedro Galdi.